terça-feira, 15 de maio de 2012

LTE em 700 MHz - faixa solicitada pelo Exército que também pode atender a Segurança Pública


               700 MHz


Como já ocorre com as forças de Segurança Pública nos EUA (tema já comentado neste blog) a faixa de 700 MHz, também poderá atender as forças de Segurança no Brasil. O exército brasileiro está solicitando a ANATEL  a liberação da faixa de 700MHz, atualmente destinada para a radiodifusão, para aplicação em 4G (LTE). Em recentes testes realizados, em parceria com a empresa MOTOROLA, esta faixa, do espectro de frequencia, apresentou um bom desempenho, provavelmente por ser uma faixa limpa (sem interferências espúrias).  
O Exército pretende aplicar a nova tecnologia até 2014, conforme declarou o atual comandante do Centro de Comunicação e Guerra Eletrônica do Exército - CCOMGEX , General Antonino Santos Guerra, "não há mais tempo hábil para a implantação antes da Copa das Confederações, no próximo ano." 
A MOTOROLA investiu, após seis meses de testes, realizados em Brasília, aproximadamente US$ 2 milhões em seu primeiro teste na América Latina, pelo entusiasmo do CGOMEX, os testes atenderam as expectativas. Esta faixa de 700 MHz está atendendo as forças de segurança pública nos EUA e a MOTOROLA é a empresa com a maior expertise nesta tecnologia com 700 MHz. O sistema instalado pela empresa utilizou três ERBs, instaladas em áreas do exército, cobriu eficientemente a região central de Brasília obtendo taxas de transferência de até 30 Mbps (5+5MHz) podendo atingir 100Mbps (10+10 MHz). Mas o Exército não quer uma liberação provisória da ANATEL, mas uma liberação definitiva desta solução para a Segurança Pública. 
Parece que brilha uma luz no fim do túnel das Instituições de Segurança Pública e Emergência, com o importante aval do exército brasileiro, é possível que a ANATEL libere a faixa de 700 MHz. Caso haja entendimento da ANATEL, surge uma importante solução para minimizar a perda da faixa de 450 MHz. 
O desejo pela faixa de 700 MHz não é uma novidade na Segurança Pública. Na LAAD 2011 o Ten. Cel. Ari Bezerra dos Santos - Chefe do Centro de Telecomunicações da PM de São Paulo proferiu uma palestra sobre a rede digital em P25 e declarou que havia uma solicitação de canais em 700 MHz pela PMESP, em decorrência da Resolução Nº 523 da ANATEL, que torna os canais VHF-FM (148 a 174 MHz) destinados a uso em "caráter secundário" com previsão de entrega para este ano (2012).



"4G" com tecnologia nacional, o edital é legal!




O Governo brasileiro não vai abrir mão da decisão de preferir a tecnologia "tupiniquim" para implantação do 4G. A atual posição do governo brasileiro, frente ao esperneio dos nossos exploradores históricos é:  diálogo sim! Coação não! O ministro Paulo Bernardo garantiu que o Brasil não vai alterar o objeto do edital do 4G (2,5 GHz) e da banda larga (450 MHz) e, afirmou de forma veemente, que o governo brasileiro não vai se recusar a dialogar. É uma verdadeira piada, os "tradicionais" fornecedores de tecnologia "caixa Preta" para o Brasil, ou seja, a Europa (em crise econômica), o EUA (em crise econômica) e o Japão (a beira de uma crise econômica) contestam, agressivamente, na OMC o direito do Brasil de comprar aquilo que interessa ao Brasil, porém, surpreendentemente, o governo brasileiro resiste. "Não pretendemos mudar nada porque estamos convencidos de que está correto, queremos ter emprego, queremos ter a nossa indústria funcionando de forma competitiva", afirmou o Ministro Paulo Bernardo. E foi bastante incisivo. "Vamos dialogar, é uma obrigação dialogar com os países da Europa, com os Estados Unidos, com o Japão ou com quem queira discutir, mas não pretendemos mudar nada." O edital estipula que as empresas vencedoras devem aplicar na instalação da tecnologia $G e banda larga Rural: 50% de produtos fabricados no Brasil e 10 % de tecnologia desenvolvida no Brasil.
"Nós entendemos que como se trata de um bem público, que é a radiofrequência que está sendo leiloada, não estamos ferindo nenhuma regra da Organização Mundial do Comércio", declarou o Ministro, o governo brasileiro se mantém firme em garantir o máximo de nacionalização da tecnologia implementada da solução de telefonia móvel (4G)  e da banda larga rural, portanto, o edital irá permanecer inalterado.
Concordo com a posição de manter a nossa soberania tecnológica, mas não é possível negar, que a tecnologia 3G permanece ineficiente no Brasil. Ainda existem muitas áreas sem cobertura (2G e 3G) ou com incidência de sinal  frágil e intermitente. Mas estamos planejando migrar para a tecnologia 4G que tem como principal característica  a velocidade de até 100 Mbps, quem sabe dá certo!

fonte: Agência Estado

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Veículo não-tripulado decola como helicóptero e voa como avião



Ele atingiu 145 km/h em voo horizontal, embora sua velocidade de cruzeiro seja calculada em 80 km/h. Na decolagem vertical ele sobe a até 3,8 metros por segundo, totalmente lotado com sua carga útil de 900 gramas.


Ele não é exatamente um helicóptero e também não é exatamente um avião.
O Flexrotor é um veículo misto, que decola e pousa como um helicóptero, mas que, ao alcançar a altitude necessária, passa a voar como um avião.
Para pousar, o processo é invertido, tudo de forma automática - o Flexrotor é um VANT, um veículo aéreo não-tripulado.
VANT marítimo
A empresa recém-fundada de McGeer, a Aerovel, está desenvolvendo o Flexrotor para missões de vigilância e monitoramento marítimos, com seu lançamento sendo feito de navios.
Antes disso, porém, o inusitado veículo deverá se mostrar capaz de suportar os fortes ventos típicos do ambiente marítimo - os testes agora realizados foram feitos em condições de ar quase parado.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Tecnologia Nacional para 4G, se a moda pega!




As publicações especializadas em telecomunicações estão divulgando que a exigência do uso de tecnologia nacional na construção das infraestruturas de redes voltadas para a oferta da 4G, gerou várias representações na Organização Mundial do Comércio - OMC pelas empresas de telecomunicações dos EUA e da União Europeia, que reclamam que a exigência do governo Brasileiro em adquirir apenas tecnologia nacional, é ilegal. As empresas estrangeiras estão afirmando que a exigência de tecnologia nacional é uma medida contrária as normas de livre comércio, agora o comércio é livre! A matéria foi publicada nesta quarta-feira (02/05), no jornal O Estado de São Paulo, em matéria produzida pelo jornalista Jamil Chade, correspondente na Suíça, divulgou que a demanda, norte americana e europeia, foi externada na reunião do Comitê de Investimentos da OMC, que vai se reunir na próxima sexta-feira, 04 de maio.
Os "gringos" estão reclamando porque, em sua visão imperialista, não concordam em abrir, pasmem, "seu espaço" para tecnologias nacionais previsto no edital da ANATEL. O interessante é que a maioria dos fabricantes tem fabricas e empresas subsidiárias (montadoras) no Brasil.
Pelo desejo estrangeiro Brasil continuara sendo a lixeira tecnológica do 1º mundo, local onde são despejados os equipamentos que já estão obsoletos em seus pais de origem. A posição do governo brasileiro - embora eu não concorde com tomada da faixa de 450 MHz da Segurança Pública, se for realmente mantida, será um importante passo para a autonomia tecnológica em TIC.
Tivemos um grande exemplo da prática nociva de descarregar estoques obsoletos no Brasil. Nos Jogos Pan Americanos de 2007, o lixo fornecido, em sua maioria, já era obsoleto na época, mas, hoje é inservível. A maior parte, pelo menos o que funcionou, não pode ser aproveitada pela obsolescência da tecnologia e falta de peças de reposição e outras, pelo mau planejamento do fornecedor estrangeiro, até hoje, 5 (cinco) anos depois, ainda está sendo  "implementado".  A petulância e o descaso, para com a nossa capacidade em criar e/ou produzir tecnologia, das empresas estrangeiras é tão absurdo que inclusive o Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR), enviou um documento ao governo brasileiro, publicado pelo Estadão, com o seguinte questionamento: "A Anatel vai exigir que a tecnologia preferida seja rejeitada em favor de uma tecnologia inferior que seja produzida localmente?". Mas, e a tecnologia de dois bilhões de dólares, recentemente instalada em Nova York,  que, após a publicação de um relatório técnico, está causando a maior polemica pela sua ineficiência do famoso 911.
Porém, segundo o Estadão, o Ministro Paulo Bernardo, já deixou claro que o governo Dilma não mudará sua opinião a este respeito e que os itens do edital da ANATEL "não ferem as condições da OMC e, sim, promovem a produção e o desenvolvimento local".
Não sou um purista, um nacionalista venezuelano, boliviano ou argentino, apenas acredito que o Brasil já possui maturidade tecnológica, suficiente, para produzir suas soluções em telecomunicações. Chega de investir milhões, do suado dinheiro do cidadão brasileiro, em soluções, americanas, israelenses, espanholas, chinesas, etc. que não nos atendem, que não foram idealizadas e produzidas para nossa realidade geográfica. Não é mais possível, ou melhor, aceitável que continuemos a adaptar nossas demandas de Comunicações Críticas e Emergência ao pacote "Black Box" importado pelos "Alienígenas" - liga ali! Fala aqui! E boa sorte! Se, por exemplo, o Japão, a Coreia do sul e a China, não tivessem desenvolvidos suas próprias soluções tecnológicas onde estariam suas economias agora?

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