As Comunicações claras, concisas e constantes,
para o policial em seu setor de patrulhamento, o paramédico socorrendo uma pessoa
vitimada ou o bombeiro atendendo situações de emergência, são primordiais entre
o local da ocorrência e o centro de comunicação e vice versa. A criticidade da integridade desta
comunicação exige que o sistema e/ou tecnologia empregada priorize e garanta a
total sinergia em toda rede de comunicações (agente e Centros de Comando e
Controle). A perda de integração entre os pontos de uma rede de Missão Critica representa
riscos a segurança pessoal do cidadão e dos profissionais de segurança pública
e emergências.
Num contexto de crescente violência que
permeia a sociedade urbana, os profissionais de segurança pública e emergências,
estão cada vez mais propensos a encontrar-se em situação de risco no exercício de
seu dever legal. Nenhuma corporação de segurança pública e emergência, que se
preze, tem o direito de desviar suas prioridades deste fato. Portanto, antes da
aquisição de qualquer tecnologia de soluções de comunicação para missão critica
é primordial que haja um estudo ético e extremamente profissional (sem o
interesse econômico, político e pessoal) da melhor solução tecnológica e, neste
caso, não importa o preço, desde que seja justo. O que importa em Missões Críticas
é a qualidade a eficiência e a contextualidade da solução tecnológica que será
implantada. No entanto, infelizmente, o que vem ocorrendo, em decorrência dos equívocos
(má gestão pública), na aquisição e/ou implantação de soluções de TIC para manutenção
da Ordem Pública é que os principais os usuários (policiais, bombeiros, etc.) da
rede de radiocomunicação e transmissão de dados (GPS, imagens, etc.) sentem-se
isolados (falta de cobertura em vários pontos geográficos) e inseguros. Esta perda
de confiança na tecnologia embarcada ou conduzida individualmente pelo agente, propicia
uma realidade operacional de baixo rendimento. Este resultado negativo espelha
à ínfima capacidade técnica e gerencial, de determinados "gestores
públicos" de TIC, que pretensiosamente (ou mal-intencionadamente) acreditam
que podem solucionar os problemas de cobertura radioelétrica e/ou transferência
eficiente de dados, através de soluções de prateleira (perfumarias
tecnológicas) ou apostando em tecnologias ditas inovadoras que dizem atender as
demandas, mas, que na verdade, transformam o serviço publico em campo de provas
e seus agentes em cobaias. Esta incompetência gerencial seguida, logicamente,
por aquisições viciadas, vem acumulando prejuízos aos cofres públicos pela imediata
obsolescência da solução adquirida provocada, em sua maioria, pela falta de suporte
técnico adequado, má qualidade dos terminais e seus acessórios. Esta gestão
inconsequente, na verdade pautada na corrupção, somente aumenta perigosamente,
o nível de rejeição operacional dos equipamentos adquiridos e, por conseguinte,
motiva, e até justifica, que os agentes paulatinamente as substituam por outras ferramentas não
tão confiáveis, ou melhor, inadequadas para o atendimento das demandas permanentes
de Comunicações Críticas como, por exemplo, aparelhos celulares GSM e rádios
NEXTEL.