segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Telefonia cara: Móveis afirmam que estudo da UNCTAD usa dados imprecisos


Fonte: Site Convergência Digital

Em nota oficial divulgada nesta segunda-feira, 18/10, o sindicato das operadoras móveis e fixas do Brasil (SindTelebrasil) dá a entender que a pesquisa realizada pela Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (UNCTAD) e que apontou o país como tendo os preços da telefonia celular mais caro entre os países emergentes foi baseada em dados estatísticos imprecisos.

De acordo com a entidade, os preços usados para o estudo do órgão da ONU foram aferidos de uma única operadora. Em função disso, o levantamento não reflete o perfil médio de utilização do serviço no país. Na nota oficial, o SindTelebrasil observa que o estudo da UNCTAD mostra que o o brasileiro gastaria, em média, mais de R$ 200 (U$ 120) mensais por uma cesta de serviços que inclui, entre outros itens, 165 minutos de ligações, 174 torpedos (SMS) e 2,1 megabites de tráfego de dados.

Mas segundo dados da associação, a conta média mensal paga pelos usuários brasileiros de telefonia móvel é de cerca de R$ 35 (U$ 21) mensais. Segundo ainda o SindTelebrasil, sem os impostos, o cidadão pagaria apenas R$ 25 pelos mesmos serviços.

Ainda na nota oficial, o SindTelebrasil aponta que a" cesta considerada pela Unctad também está longe de refletir o perfil médio de utilização desses serviços no Brasil. O brasileiro fala em média 90 minutos mensais ao celular, pouco mais da metade do considerado no estudo".

Diz ainda que "a pesquisa utilizou como referência de preços no Brasil apenas alguns planos de serviço e de uma única operadora, sem considerar preços efetivamente praticados no mercado para os pacotes de minutos, geralmente menores".

O comunicado do SindTelebrasil reporta também que "o estudo da Unctad pode gerar imprecisão nas informações ao combinar duas bases distintas de dados: uma base estatística de dados de março de 2006, quando havia 89 milhões de celulares no Brasil, e outra com números produzidos por um fornecedor internacional de equipamentos mais recentes, mas que não possuem vínculo com a base estatística considerada".

O estudo da UNCTAD, revelado na sexta-feira, 15/10, a partir de informações compiladas pela Nokia Siemens, mostra, com dados de 2009, que apenas no Brasil e no Zimbábue o preço médio do pacote de dados mensal passa dos US$ 120, o que deixa o país atrás de nações como Congo, Haiti e Bangladesh, país que tem o menor custo entre 78 listados no relatório. A média do preço mundial é de US$ 46,54 por mês.

O relatório da UNCTAD (Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento) chegou ao preço médio considerando o custo total de propriedade de um pacote de tráfego de 2,1 Mbytes de dados por mês."Existe uma grande variação, com alguns países oferecendo por menos de US$ 20 por mês e outros por mais de US$ 100", afirma ainda o documento.

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