quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Criar o mapa mais preciso da Terra

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quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

APCO - A origem do P25 e a criação do SIRCE-BR


Na década de 70 o espectro de 900 MHz, utilizado pelas forças de segurança pública, estava congestionado nos EUA, provocando uma enorme deficiência operacional que forçou a intervenção da Comissão Federal de Comunicações (Federal Communications Commission - FCC/ http://www.fcc.gov/), agência reguladora (funções semelhantes a ANATEL) que, a principio, propôs a troncalização de 200 canais de radiofreqüência sem definir um padrão de tecnologia de troncalização especifico para as atividades de Segurança Pública. Para suprir esta lacuna a Associação de Oficiais de Comunicações em Segurança Pública dos Estados Unidos (Associated Public-Safety Communications Officers - APCO/ http://www.apco911.org/) criou um grupo formado por policiais da área de radiocomunicações que, em parceria com empresas de telecomunicações, pesquisaram soluções tecnológicas e operacionais que permitissem a definição do melhor padrão de troncalização para o serviço de radiocomunicações a ser utilizado pelos órgãos públicos (polícias, bombeiros, etc) na América do Norte. Surge (em 1978), o Projeto 16, como resultado destes estudos. Foram instaladas, em regime de teste, estações de radiocomunicações em diferentes cidades do EUA ( Miami, Los Angeles e Chicago). Na rede de Chicago foram instaladas 150 estações denominadas Special Mobile Automated Remote Terminals (SMART) para o tráfego de dados prioritários em ocorrências policiais. Na verdade, eram 3 linhas de informações básicas, como endereço, telefone e o nome da pessoa contato, para que as viaturas pudessem se deslocar para o local de chamada com maior agilidade. No EIA (Electronic Industries Alliance), formado pelas Indústrias de Eletrônicos dos Estados Unidos, esse projeto ficou conhecido como APCO 16 ou simplesmente Projeto 16. Os primeiros equipamentos foram comercializados pela empresa Motorola Inc., e por um longo período foi considerado como um padrão fechado de rádio troncalizado. Poucos anos mais tarde, as demandas por tráfego de dados obrigou a tecnologia digital a substituir as redes analógicas do Projeto 16 e ,como ocorreu no início, foram realizados inúmeros estudos, surgindo um novo sistema que recebeu a denominação de Projeto 25 (P25). A comercialização desse padrão (P25) se expandiu além das fronteiras dos Estados Unidos sendo adotado, atualmente, em inúmeros países. As especificações técnicas do P25 estão descritas nos documentos da série TIA-102. No Brasil, o Projeto 25 está presente nas comunicações dos órgãos policiais das grandes metrópoles, como em Belo Horizonte e São Paulo.
A documentação técnica do padrão P25 pode ser encontrada com facilidade em páginas de busca da internet, ou acessando as páginas da TIA, FCC ou do Instituto de Padronização Nacional Americano (American National Standards Institute - ANSI). Como exemplo, a publicação do documento BSR/TIA 102.AAC/2001, o qual descreve os requisitos técnicos para o tráfego de mensagens pelo canal de controle em uma rede P25. A publicação dessa documentação técnica possibilitou inúmeras empresas concorrentes (EF Jonhson, MOTOROLA, VERTEX, TELTRONIC, entre outras, a fornecerem soluções P25.

Observa-se, neste breve e sucinto relato histórico, que o padrão 16 e o padrão 25 resultam de uma necessidade, técnica e operacional, que foi detectada por um organismo federal (FCC), que tem a função de regular o uso do espectro de frequência dos EUA, e que depois foi ajustada para atender, com qualidade, as demandas das Forças de Segurança Pública e Emergência Norte Americanas. Portanto, foi uma solução de atendimento de demanda proposta pelos usuários, onde as especificações técnicas devem atender, de forma especifica, os clientes (policia, bombeiro, etc.) ou seja, a tecnologia deve se adaptar ao cliente e não o cliente se adaptar a tecnologia, como normalmente ocorre no Brasil e em outros países colonizados tecnologicamente.

A filosofia APCO, que promoveu a criação do PROJETO16 e do PROJETO25, é que deve ser utilizada como referência. Até hoje confunde-se a APCO (Associated Public-Safety Communications Officers - APCO) formada por Profissionais de Segurança Pública e Emergência (que atuam em radiocomunicações para Missões Críticas), com a uma proposta de solução técnica de radiocomunicação (P25). No Brasil, a SENASP deu o ponta pé inicial no processo de libertação das soluções de "CAIXA PRETA" - as empresas empurram nos órgãos de segurança dos estados e municípios suas soluções de prateleira, algumas recusadas em seus países de origem, outras são protótipos sem avaliação prática (nunca foram empregadas em campo). Em 2009, em Brasília, reuniram-se representantes técnicos de radiocomunicações, para missões Críticas, das Secretarias de Segurança e do DPF com a missão de criar uma base técnica e operacional que atendesse as reais demandas de um sistema de radiocomunicações, com padrão brasileiro. Para atingir este objetivo foi criado, naquela data, o Sistema Integrado de Radiocomunicações Criticas e Emergência do Brasil - SIRCE-BR que, a exemplo da APCO, terá como objetivo normatizar o padrão de radiocomunicação para o atendimento das necessidades especificas das forças policiais e de emergência que atuam em território brasileiro e até mesmo, quem sabe em futuro próximo, em países do Merco Sul.

Cap PM Renato Cesar

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Anatel libera faixa de 450 MHz para reforçar ações do PNBL



Fonte: Rafael Bitencourt | Valor Econômico
09/12/2010 19:33

BRASÍLIA - O conselho diretor da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou hoje o regulamento que trata da liberação da frequência de 450 megahertz (MHz). A medida está prevista no Programa Nacional de Banda Larga (PNBL) e tem o objetivo de ampliar a oferta de voz e dados na zona rural.

A deliberação da agência altera o Regulamento sobre Canalização e Condições de Uso das Faixas de Radiofrequências de 225 MHz a 270 MHz, de 360 MHz a 400 MHz e de 450 MHz a 470 MHz. A Anatel prevê a liberação da frequência no prazo de cinco anos com a indenização dos atuais ocupantes da faixa.

A faixa de 450 MHz é utilizada em aplicações estratégicas da Polícia Federal. O valor das indenizações é estimada em R$ 40 milhões. Na semana passada, o coordenador dos programas de inclusão digital da Presidência da República, Cezar Alvarez, afirmou que o repasse dos recursos deve ser feito pelo Tesouro Nacional.

O conselheiro da Anatel, João Rezende, afirmou que precisa ainda ser definida a forma como será disponibilizada a frequência às empresas. As alternativas consideradas pela agência incluem a realização de via licitação ou a entrega da faixa às concessionárias - neste caso, com exigência de contrapartidas. Esta decisão, segundo ele, será tomada em 2011 pelo Ministério das Comunicações, que é o órgão responsável por definir as políticas públicas para o setor.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

"JAMMER" instrumento que auxilia os ladrões de cargas, inibindo o rastreamento e bloqueio dos veículo com sistema GSM


Apesar da Resolução 245, do Contran (Conselho Brasileiro de Trânsito) – que estabeleceu em 2007 a instalação obrigatória de equipamento antifurto nos veículos novos saídos de fábrica -, o mercado e a sociedade ainda se deparam com a ação de ladrões de carros e cargas de caminhões, cada vez mais especializados em tecnologia. As quadrilhas utilizam dispositivos que bloqueiam a comunicação dos rastreadores.
Este equipamento bloqueador, mais conhecido como ‘jammer’, que vem sendo vendido de forma irregular, é capaz de interferir de forma destrutiva em cada operação específica, impedindo a comunicação com a central de monitoramento, por meio de telefonia móvel. Desta forma sua utilização se torna um risco para sociedade.
Ao longo dos treze anos de atuação em rastreamento de veículos, o CESVI BRASIL (Centro de Experimentação e Segurança Viária) tem orientado o mercado sobre as melhores práticas e delineando aspectos técnicos. O centro de pesquisa desenvolve avaliações, consultorias e treinamentos na área de rastreamento e bloqueio, contribuindo de forma efetiva neste mercado.
O centro adquiriu o ‘jammer’ para a realização de pesquisas, devidamente autorizado por autoridades legais. Esse equipamento foi desenvolvido para aplicações que exijam o bloqueio do sistema de comunicação de um determinado local, como para bloquear toda a telefonia móvel da região, similar aos utilizados em presídios.
As empresas fabricantes de equipamentos de rastreamento estão buscando desenvolver produtos imunes à ação do ‘jammer’. Entretanto, até o momento, todos os equipamentos testados pelo CESVI BRASIL, mais de 300 marcas, não conseguiram ser imunes ao ‘jammer’.
Como funciona o ‘jammer’
O modelo mais utilizado funciona criando um sinal (ruído) em banda larga – BBN (Booardband Noise Jamming) – em que o circuito interfere nas bandas de comunicação presentes na telefonia móvel nacional. O ‘jammer’ realiza uma interferência (perturbação) entre o veículo e a antena operadora – o que provoca a perda de comunicação com a rede de telefonia móvel.
No telefone celular, quando uma ação dessas ocorre, o display apresenta as seguintes mensagens: “fora de serviço”, “procurando rede”, ou algo similar que evidencie que o aparelho está sem comunicação. É quando o aparelho fica inoperante, e o infrator pode definir uma rota para o veículo, sem que a central de monitoramento possa rastreá-lo.
Outro ponto a ser destacado é que o ‘jammer’, instalado em um veículo, chega a inibir também o sinal de rastreamento e bloqueio de veículos em um raio de, em média, 10 metros, dependendo de sua potência.
Impactos na Resolução 245
Segundo os profissionais que atuam na localização de veículos roubados, os desmanches que recebem o produto de roubo já têm equipamentos de bloqueio de comunicação instalados em sua estrutura. E a criatividade dos criminosos não tem limites. Alguns já instalam o ‘jammer’ no porta-malas do veículo roubado, para que o equipamento seja confundido com um módulo de som, caso o carro passe por uma blitz da polícia.
A normativa definiu um cronograma de instalação progressiva do antifurto pela necessidade de programação da indústria automotiva e de equipamentos, sendo este alterado em agosto de 2009, estendendo o prazo para a instalação em 100% dos veículos até 2011. Com exceção dos ciclomotores, motonetas, motocicletas, triciclos e quadriciclos, cronograma estabelecido para até 2012.

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