terça-feira, 29 de março de 2011

PNBL - Recursos do FUST




O projeto de lei sobre o uso dos recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) voltou à pauta da Câmara dos Deputados e pode ser votado nesta semana. A discussão traz uma novidade – o governo apresentou duas emendas ao projeto sobre a distribuição do dinheiro.

As mudanças propostas tratam da ampliação do prazo – 2017 – para o aproveitamento dos recursos na implantação de banda larga em todas as escolas públicas, além da determinação de que 60% do fluxo anual do fundo seja voltado para esse fim nas escolas rurais.

“Como já cumprimos a meta de levar banda larga a mais de 90% das escolas urbanas, o Ministério das Comunicações apresentou emenda que diz que o Fust, que é limitado, tem uma prioridade, as escolas rurais”, anunciou o secretário executivo da pasta, Cezar Alvarez, durante seminário promovido pelo Idec, em Brasília, nesta terça-feira, 29/3.

A proposta tem, no entanto, implicação direta no Plano Nacional de Banda Larga. Isso porque, durante as discussões que levaram à formatação do plano, a ampliação do uso dos recursos do Fust – atualmente voltados exclusivamente à universalização da telefonia fixa – permitiria destinar dinheiro para a Telebrás.

Tanto é assim que quem frequenta o Congresso Nacional entende que a resistência da oposição à votação do projeto do Fust no ano passado – ano eleitoral, não custa lembrar – estava diretamente ligada à força que os recursos do fundo, cujo fluxo anual beira R$ 1 bilhão, daria ao PNBL.

“Se pensava em usar parte dos recursos para a rede da Telebrás, mas este é mais um dos cenários. Tem ‘n’ sujeitos elegíveis”, diz Cezar Alvarez, para logo em seguida insistir que a prioridade, agora, é levar banda larga às escolas rurais e lembrar o que chamou de “um novo mundo das necessidades”.

Nesse “novo mundo”, o Ministério das Comunicações se encaminha para aplicar um segundo 'golpe' contra a estatal que reestruturou com o objetivo de massificar o uso da internet no país. O primeiro se deu no resultado das negociações com as teles sobre as novas metas de universalização: a faixa de 450 MHz também não ficará com a Telebrás.

A estatal contava com o uso dessa frequencia exatamente para levar banda larga para longe dos centros urbanos. Mas governo e Anatel se alinharam no entendimento de que essa fatia de espectro deveria fazer parte do acordo para viabilizar o novo Plano Geral de Metas de Universalização – sendo, portanto, cedida às concessionárias de telefonia.

“A Telebrás é mais uma operadora a pedir [a faixa], mas a proposta tem muitos ‘desde que’, relacionados a recursos do BNDES, desenvolvimento do Ceitec e até tamanho de antenas”, diz Alvarez, ao sustentar que “o poder público vai analisar o custo/benefício a médio e longo prazos”.

No conjunto, as teles não parecem ter do que reclamar. Além de ficarem com a faixa de 450 MHz – como abatimento dos custos com as novas metas de universalização – ainda poderão contar com os recursos do Fust, uma vez que a elas também será dado a elas o papel de levar cobertura às áreas rurais.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Minicom ignora pedido da Telebrás e endossa doação da faixa de 450 MHz às teles




fonte:Site Convergência Digital 24/03/2011

O Ministério das Comunicações aposta que a Anatel votará na próxima semana o texto com as novas metas de universalização, resultado das negociações com as concessionárias, e que a decisão será mesmo de conceder às empresas o uso da faixa de 450 MHz, com vistas à expansão da telefonia rural. “A tendência da Anatel é pela imputação da faixa às empresas”, afirmou nesta quinta-feira, 24/3, o secretário executivo do Minicom, Cezar Alvarez, principal responsável na pasta pelas conversas com as teles.

Outro sinal de que a decisão nesse sentido já foi tomada está na posição do ministério sobre o pedido da Telebrás para ficar com a faixa de 450 MHz. Apesar do documento encaminhado ao Minicom na semana passada, Alvarez sustenta que não houve o pedido. “A Telebrás não pediu a faixa, apenas defendeu que ela deve ser usada para políticas públicas”, diz o secretário executivo. Além disso, uma semana depois de enviado o ofício, o ministro Paulo Bernardo garantiu não ter conhecimento do documento.

A interpretação é curiosa, uma vez que o ofício diz “informo a Vossa Excelência o interesse da Telebrás em fazer uso dessas radiofrequências, por ser um instrumento necessário para a ampliação do acesso aos serviços de telecomunicações pela população brasileira, em especial, a residentes em áreas rurais”.

O documento foi encaminhado a pedido do próprio Alvarez, durante uma reunião com a empresa. “Fizemos uma apresentação técnica de como usaríamos a faixa de 450 MHz e então o secretário executivo me pediu para formalizar o pedido ao Ministério”, explica o presidente da Telebrás, Rogério Santanna.

O movimento da estatal se deu em resposta às negociações entre governo, Anatel e teles no contexto do Plano Geral de Metas de Universalização. A ideia das concessionárias é que a faixa de 450 MHz seja usada como abatimento dos custos com as novas metas. A julgar pelas declarações, o Minicom parece ter concordado.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Especialista cobra uma política nacional de software





Ao falar sobre cenários futuros para o mercado de software no evento promovido pela Assespro Nacional, na última terça-feira, 15, em Brasília, o professor e Doutor em Ciência da Computação (UFPE), Silvio Meira, cobrou a implantação urgente de uma "radical" política nacional de software.

Esse assunto, segundo ele, deveria ser debatido dentro do Congresso Nacional. "Não apenas como um tema de interesse econômico e social mas, também, estratégico e de emergência nacional", destacou Silvio Meira.

A política nacional para o setor de software contemplaria no seu arcabouço, todas as medidas necessárias para retirar os gasgalos que impedem a competitividade e o desenvolvimento do setor na área. Dentre eles, Meira destacou a questão da formação e qualificação da mão-de-obra no país.

Convergência Digital - Governo - Política de software é emergência nacional

Convergência Digital - Governo - Política de software é emergência nacional

Aplicativo da Vivo converte mensagem de voz em SMS


Vivo Torpedo Recado permite mensagens com até 388 caracteres

A Vivo está lançando um serviço inovador, que consiste na conversão das mensagens de voz gravadas para mensagens de texto, que podem ser lidas na tela do celular. Batizado de Vivo Torpedo Recado, as mensagens são transmitidas com até 388 caracteres – o suficiente para uma gravação de até 50 segundos. Caso exceda esse tamanho, o assinante recebe uma notificação de que o recado completo pode ser ouvido acessando a Caixa Postal.

O serviço funciona em cima da plataforma de conversão de voz para texto da Nuance Communications, empresa norte americana fornecedora de soluções de imagens e fala para empresas e consumidores.

O pacote do Vivo Torpedo Recado custa R$ 3,90 por mês e o cliente também poderá ouvir os recados deixados na Caixa Postal (*555) sem custo adicional. Os primeiros 30 dias do serviço são gratuitos.

terça-feira, 15 de março de 2011

Governo centraliza compras de bens e serviços de TI e Telecom




O Ministério do Planejamento está a frente da redação e lançamento de um edital que prevê a contratação única de serviços de telefonia móvel para 17 ministérios. É a primeira vez que o governo usa o seu poder de compra para adquirir serviços de telefonia em bloco para alcançar preços mais baixos.

A tendência é de que este edital, previsto para sair até abril, funcione como um piloto para o governo. Idéia é estendê-lo para outros bens e serviços de TI, inclusive, software. O anúncio foi feito nesta terça-feira, 15/03, pelo diretor do Departamento de Serviços de Rede da Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação, do Planejamento, e um dos principais articuladores da revisão da IN-4, Cristiano Rocha Heckert, no Seminário de Compras Governamentais, promovido pela ASSESPRO Nacional, na Câmara dos Deputados.

A proposta do novo modelo de compras provocou a imediata reação do setor de software, que se mostrou preocupado diante da possibilidade de alguns serviços da área também virem a ser contratados em bloco pelos ministérios - hoje, cada um utiliza o seu processo de aquisição.

Diante da reação, Heckert observou que nem todos os serviços de software poderão vir a ser comprados neste modelo de compra única. Lembrou, por exemplo, que uma solução adquirida pelo ministério do Meio Ambiente não deverá, necessariamente, ser do interesse de outras pastas.

Contudo, destacou que não faz mais sentido o governo comprar, por exemplo, sistemas como o de controle de funcionários de forma isolada, com preços e quantidades diferentes. O poder de compra - prática bastante utilizada pelas empresas privadas, principalmente, gigantes como as operadoras de telecom - poderia ser adotado ainda na aquisição de software de gestão empresarial (ERP), usado por todos os órgãos e hoje adquirido de forma descentralizada. O assunto não agradou ao setor de software e deverá gerar repercussões futuras.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Convergência Digital - Telecom - PNBL: Telebrás exige IPV.6 de fornecedor de enlace de comunicação




A consulta pública, aberta nesta segunda-feira, 14/03, segue até o dia 18 de março. A Telebrás informa que a empresa contratada para o serviço deverá instalar equipamentos para conexão bidirecional - com velocidades semelhantes - e o serviço de trânsito entre os Pontos de Presença (POPs) em São Paulo, Fortaleza, Brasília, Rio de Janeiro e a rede Internet internacional.

Convergência Digital - Telecom - PNBL: Telebrás exige IPV.6 de fornecedor de enlace de comunicação

Convergência Digital - Telecom - PNBL: Telebrás exige IPV.6 de fornecedor de enlace de comunicação

sábado, 12 de março de 2011

O TERREMOTO NO JAPÃO E O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO


As catástrofes climáticas e geológicas que atingem nosso planeta, a cada vez com maior intensidade, devem ser interpretadas como sirenes de alerta que indicam " o planeta Terra é dinâmico", portanto, temos que estar sempre preparados para os desastres. As tristes imagens do Taiti, Chile, Região Serrana do RJ e, a mais recente tragédia, Japão, que graças a tecnologia de comunicação permitiu que fossem acompanhadas, simultaneamente, por todo o planeta. Provam a fragilidade do homem frente a natureza, mas, ao mesmo tempo, destaca a importância do Planejamento Estratégico. Os desastres naturais, que ocorreram nestes diferentes pontos geográficos, deixa bem claro que: quando Planejamento estratégico não existe (Taiti, Chile e Região Serrana do RJ) os traumas sociais (mortos, feridos e danos materiais) são bem maiores, porém quando ele existe, os traumas sociais também podem existir contudo, as perdas de vidas e danos materiais acontecem em proporções bem menores embora, a perda de uma vida seja sempre um dano irreparável.

O que diferencia a catástrofe do Japão das ocorridas, recentemente, em outros países é o Planejamento Estratégico. O Japão é único país que sofreu um ataque nuclear e sua geografia o coloca em uma Região do Planeta sujeita a terremotos e Tsunamis ¹, O Círculo de fogo do Pacífico, ou Anel de fogo do Pacífico (ou às vezes apenas Anel de Fogo), uma área onde há um grande número de terremotos e uma forte atividade vulcânica. Estes motivos forjaram nos japoneses a cultura do Planejamento de Contingencias. Eles estão sempre em alerta!

¹ "Tsunamis são uma ocorrência frequente no Japão; aproximadamente 195 eventos desse tipo foram registrados.[1] Devido aos imensos volumes de água e energia envolvidos, tsunamis podem devastar regiões costeiras. Acidentes podem ocorrer de forma elevada, visto que as ondas se movem mais rapidamente do que os seres humanos." (fonte Wikipédia)

Os terremotos (que provocam o tsunami) não causam maiores danos aos prédios e outras construções no Japão pelo fato, da sua engenharia civil utilizar métodos de construção que apresentam uma boa resistência aos abalos sísmicos, outro fator importante são os meios de alerta que o governo japonês com o auxilio das empresas de tecnologias de telefonia e outras que militam nas áreas de Missão Critica criaram, por exemplo, foi instalado um sistema de alerta que mede as ondas primárias e secundárias dos tremores e envia sinal aos usuários antes do terremoto acontecer, através dos telefones celulares. O aviso ocorre poucos segundos antes, tempo em que máquinas e válvulas de gás podem ser desligadas. A Agência Metereológica do Japão (JMA), que reúne uma extensa rede de comunicação de monitores de terremotos em uma rede de alta velocidade. Os dados são enviados a diferentes usuários, incluindo estações de TV, produtores e operadoras de celular.

O sistema fornece avisos medindo as ondas primárias de um tremor, que são fracas e se movem rapidamente, para automaticamente prever quando ondas secundárias mais lentas e destrutivas chegarão a um determinado lugar. O sistema também informa a força dos tremores.

A quantia de avisos varia de poucos segundos até um minuto. As pessoas mais próximas do centro de abalo do terremoto recebem avisos mais curtos - e em alguns casos podem não recebê-los - mas os pesquisadores concordam que a possibilidade de receber avisos é melhor que não recebê-lo.

Os prédios são equipados com receptores que recebem dados do governo ou de provedores de serviços. O sistema de alarme é desenvolvido para parar automaticamente maquinários pesados ou salvar dados de computadores.


O Estado (compreendido pelas esferas federais, estaduais e municipais) deve sempre planejar ações de contingenciamento, principalmente, nas ações de Segurança Pública e Emergências um plano de contingência bem elaborado como, por exemplo, o Japonês, é uma importante ferramenta que minimiza os danos causados por qualquer sinistro.

Plano de Contingencia, "também chamado de planejamento de riscos, plano de continuidade de negócios ou plano de recuperação de desastres, tem o objetivo de descrever as medidas a serem tomadas por uma empresa, incluindo a ativação de processos manuais, para fazer com que seus processos vitais voltem a funcionar plenamente, ou num estado minimamente aceitável, o mais rápido possível, evitando assim uma paralisação prolongada que possa gerar maiores prejuízos a corporação. Dada a grande importância deste processo seu custo deve estar incluído no escopo de novos projetos.” (fonte Wikipédia).

Renato Cesar de Oliveira Moreira

Capitão PMERJ

sexta-feira, 11 de março de 2011

Novo sistema de rádio que será instalado no Novo World Trade Center, gera polêmica entre a NYPD e a Associação de Políciais (PA).



Shock Wave Radio: New Blunder 11/09


Por Margolin Josh, O New York Post

Original publicado em: 08 março de 2011

Nova York - As falhas no sistema de comunicação que provocou a morte de centenas de socorristas em 11 de setembro de 2011 ainda não foram totalmente resolvidas , apesar de dezenas de milhões de dólares gastos na elaboração de sistemas de rádio em Manhattan, esta foi a conclusão do The Post.

Os funcionários da Autoridade Portuária demonstram seu temor de um novo ataque terroristas ao Novo World Trade, que está sendo reconstruído, que poderá promover mais mortes de policiais, bombeiros e aqueles que estariam tentando resgatar.

- "Vai ser a mesma tragédia como da última vez", declara visivelmente assustado, Paulo Nunziato, presidente da Associação Beneficente da Polícia (PA) "Eles vão levar as pessoas mortas."

A Associação (PA) aprovou em 24 de fevereiro, US $ 130 milhões para o projeto e a construção de um sistema de comunicações de massa no centro do World Trade com 16 sites em parceria com o estado. Existe o planejamento de utilização de um sistema utilizando fio rígidos dentro da estrutura dos novos edifícios para que, caso ocorra um novo ataque, os novos equipamentos , transmissores e antenas, sejam amais eficientes e garantam que as equipes de emergência possam se comunicar, mesmo se toda a energia venha a falhar. .

O problema é que o P.A não está seguindo as recomendações para instalar um sistema totalmente novo, mas em vez disso está expandindo sua infra-estrutura antiquada de rádio - que está sendo descontinuado pelo fabricante e não é compatível com a instalação de comunicações de emergência da polícia de Nova York e o FDNY.

Por causa disso, fontes disseram ao Post, que a NYPD se recusou a assinar os planos da PA e, em seguida, rompeu negociações completamente. Porém houve uma aprovação por unanimidade da despesa.

Na corrida para a votação do conselho, um pequeno coro de altos funcionários do PA declaravam seus temores de que a agência estava repetindo os erros do passado, em acelerar um pacote de comunicações, que deixaria os bombeiros da cidade e policiais presos e incapaz de ouvir instruções ou ordens de evacuação do prédio - como no 11 de setembro de 2001.

"É um desastre de trem", disse um funcionário da AP envolvidos no processo. "Há claramente um problema aqui. Eu não sei porque é que há tanta pressa, mas existe"

O porta-voz da polícia Paul Browne disse apenas: "A Autoridade Portuária e da Polícia de Nova Iorque estão trabalhando juntas para construir um sistema de comunicações totalmente compatível e interoperável"

O porta-voz da PA Steve Coleman insistiu que o novo sistema é "flexível", para que possa ser adaptado no futuro de se fundir com o sistema utilizado pela polícia e bombeiros.

"Não há necessidade de atrasar", disse Coleman.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Segurança de veículos aéreos não tripulados é avaliada



fonte Site: Mundo Geo
Por: Alexandre Scussel | 18h28, 10 de Março de 2011

Há algo mais no ar além dos aviões de carreira. São os veículos aéreos não tripulados (VANTs), cujo uso está se expandindo em todo o mundo. O problema é que no Brasil e no mundo eles só podem voar em áreas restritas e desabitadas. Falta regulamentação para que possam dividir o espaço aéreo com a aviação civil. Antes, eles devem passar por um processo de certificação. É justamente a isso que se dedica o Grupo de Análise de Segurança (GAS) do Departamento de Engenharia de Computação e Sistemas Digitais, da Escola Politécnica da USP (Poli-USP).
Os VANTs são aviões de tamanhos variados, entre pequenos e médios, que vão desde o porte de um aeromodelo até quase ao de um caça. Alguns são controlados a partir do solo, outros, mais sofisticados, podem ser programados para operarem praticamente sozinhos. Eles servem para várias aplicações, civis ou militares, entre as quais vigilância aérea de fronteiras e áreas conturbadas e levantamentos de dados e imagens de plantações, criação de gado e ambientais, por exemplo, além de poderem ser usados como espiões durante as guerras.
Daí a importância do trabalho que o GAS vem re alizando. Coordenada pelo professor João Batista Camargo Jr., a equipe da Poli vem se dedicando a fazer avaliações de segurança em VANTs. “Por meio de modelos matemáticos e simulações em computadores, procuramos estabelecer quais requisitos de segurança e confiabilidade um avião não tripulado precisa preencher”, explica Camargo Jr. “O objetivo de nosso trabalho é dar fundamentos técnicos e de segurança para uma futura regulamentação, para que os VANTs possam voar no espaço aéreo controlado.”
Para isso, um veículo aéreo não tripulado deve ser encarado como um avião comum, com piloto. Ele precisa ter os mesmos níveis de segurança e confiabilidade e de riscos que uma aeronave tripulada. “Nós analisamos os softwares, hardwares e sistemas embarcados dos VANTs”, conta Camar go Jr. “Esse tipo de avião precisa estar preparado para lidar com falhas e situações de emergência, para poder voar no mesmo espaço que os aviões tripulados.” De acordo com o pesquisador da Poli, a regulamentação final deverá ser feita pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), mas o trabalho do GAS poderá servir como subsídio.
Além do trabalho com os VANTs, o grupo de Camargo Jr. realiza pesquisas e projetos relacionados com a confiabilidade, segurança e disponibilidade de sistemas de computação aplicada, principalmente em áreas críticas, tais como metrô e trens, transporte aéreo, indústria petroquímica, usinas nucleares e sistemas médicos. São estudados pelo grupo aspectos relacionados com a tol erância a falhas em sistemas de computador, abrangendo também aspectos da qualidade de software.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Facebook cria sistema contra suicídio » Opinião e Notícia


Facebook cria sistema contra suicídio » Opinião e Notícia

Profissionalização dos Atendentes e Despachadores de Missão Crítica para Segurança Publica e Emergência (MCSPE).



O sistema de despacho de ocorrências policiais e emergências (médicas e de Defesa Civil) têm sido realizados através de pessoal da própria Corporação e/ou pela terceirização de mão de obra, através de empresas de "Call Center" ou por contratação (efetiva ou temporária), visando atender aos estados ou municípios, através de concursos ou por indicação. Seja qual for a origem da mão de obra, o processo ainda é uma ação de adaptação de pessoas para atuar em tarefas de atendimento do 190 e Despacho de Viaturas.
Em vários estados brasileiros existem ações, já concluídas e outras em andamento, que estão promovendo a mudança de cultura nos processos de recebimento, geração e atendimento de ocorrências policiais e das emergências (médica e de Defesa Civil). A criação de "Centros Integrados de Operações de Segurança Publica" é uma progressão das ações destinadas ao melhor atendimento ao cidadão e na melhoria das condições de trabalho dos profissionais de Segurança Pública que atuam, diuturnamente, no contato direto com pessoas que necessitam do amparo do Estado nos momentos de conflitos e/ou sinistros.
Contudo, para o sucesso desta importante missão, de responsabilidade do Estado, os CIOPs , CCC, COp (tenham a sigla que tiver), mesmo aqueles que já que possuem ou estão em processo de aquisição de modernas tecnologias de atendimento de Missões Críticas e Emergências (TI e Radiocom.), é imprescindível que seja dada a maior prioridade a um fator que é primordial, para o bom funcionamento dos recursos tecnológico de Missão Crítica, os homens e as mulheres que militam nestes serviços. São as pessoas atrás dos telefones de atendimento de emergências e das estações de despacho e supervisão das ocorrências, que garantem a marcha da solução dos conflitos.
Os(As) atendentes (do 190, 192, 193,...), como o nome já diz, tem a missão de atender pessoas que estão passando por situações traumatizantes, tais como assalto, sequestros, acidentes automobilísticos e outros. Situações que exigem, por exemplo, noções de psicologia das emergências para acalmar e depois retirar dos solicitantes todas as informações necessárias dos fatos sem causar um maior grau de stress destas pessoas que buscam o apoio do Estado.
Os despachadores, no exercício de suas funções, atuam como primeiros "estrategistas", já que a partir deles(as) é que inicia todas as ações desdobradas que mesmo depois de "startadas", em sua maioria, ainda necessitam de intervenção dos despachadores visando nortear os rumos do atendimento das ocorrências e/ou mediar possíveis conflitos entre os respondedores (policias, bombeiros, guardas municipais, etc.) e os solicitantes.
Portanto, estes dois pilares do atendimento de ocorrências policiais e emergências devem ter uma formação mais especializada. Estes serviços, para acompanhar os avanços tecnológicos de atendimento das Comunicações Críticas, devem amadurecer, evoluir, para um patamar mais profissional. A criação de uma carreira independente é uma evolução natural destas atividades. Através de concursos específicos, seriam selecionadas pessoas, aptas para atuar, especificamente, nesta nova atividade do serviço público, Estes novos profissionais receberiam todo os conhecimentos necessários, em uma carga horária adequada, através de conteúdos totalmente direcionados para esta nova carreira. Uma formação, específica para atuar nestas funções, que passaria a ser considerada carreira dentro de cada Instituição de Segurança Pública ou Emergência.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Convergência Digital - Governo - Tecnologia terá R$ 4 bilhões do BNDES para enfrentar importações


Convergência Digital - Governo - Tecnologia terá R$ 4 bilhões do BNDES para enfrentar importações

SSP de São Paulo investe em radiocomunicação e aplica a Resolução 523 da ANATEL




Equipamentos são de última geração e compatíveis com rede de comunicação da PMESP.

Em apenas cinco anos, o Governo do Estado de São Paulo já investiu, por intermédio da Secretaria da Segurança Pública, R$ 284 milhões no sistema de radiocomunicação digital da Polícia Militar. Entre os objetivos estão intensificar a segurança na comunicação policial, evitando a interceptação das mensagens por pessoas que não são da corporação; bem como o compartilhamento e integração de dados visando melhores resultados no atendimento à população.
Em 2008, mais 3,2 milhões foram aplicados para complementar o sistema na Capital. Os equipamentos adquiridos são de última geração e compatíveis com a rede de comunicação da PM, permitindo, desta forma, o compartilhamento e a integração de dados - que só é possível por meio do sistema digitalizado -, visando melhores resultados no atendimento à população.
Além dos rádios digitais, algumas viaturas de grande porte foram equipadas com computadores de bordo, laptops e PDA's (Personal Digital Assistant) - para consultas on-line de placas de veículos, identidade de pessoas etc. Os equipamentos adquiridos fazem parte de um amplo sistema de telecomunicações que envolvem rádios, modems, centrais telefônicas 190/197, roteadores, repetidores, canais de alta velocidade e inúmeros softwares (programas).
As viaturas equipadas com o novo sistema são, de certo modo, um centro de inteligência, pelo qual é possível obter, com muita facilidade, dados on-line e em tempo real. Desta forma, ganha-se tempo e otimiza-se o efetivo. Uma viatura equipada com notebook e palmtop torna o trabalho do policial mais ágil.
O sistema permite, por exemplo, que no local da ocorrência o policial consulte um veículo, uma arma ou uma pessoa que está sendo abordada. É possível iniciar o registro da ocorrência sem usar a voz pelo sistema de rádio. Esse é o grande ganho. Futuramente, as ocorrências mais simples poderão até ser finalizadas no local do acontecimento.
Os modelos que estão sendo adquiridos e implantados no Estado de São Paulo pela Secretaria da Segurança Pública são os mesmos utilizados pelas forças policiais dos Estados Unidos, Austrália e Canadá, entre outros países onde a comunicação policial é referência.
A tecnologia digital continua sendo implantada e o objetivo da Secretaria da Segurança Pública é equipar todos os 645 municípios do Estado de São Paulo, priorizando aqueles onde os índices de criminalidade são maiores. O novo sistema permite a intercomunicação das polícias Militar, Civil e Técnico-Científica - por meio da integração de redes específicas, visando realizar operações conjuntas.

Não importa a tecnologia utilizada desde que, o serviço seja executado dentro das expectativas do cliente se o Estado de São Paulo estiver satisfeito com a solução tecnológica aplicada melhor para a sociedade paulista e para seus Profissionais de Segurança Pública e Emergência.
Adquirir o melhor e o mais eficiente deve ser o escopo de qualquer projeto, se o preço for razoável ótimo. Mas quando se pensa em Segurança Pública, na maioria das vezes o barato saí caro, portanto, é preferível sempre adquirir a melhor técnica. A prática tem comprovado que nem sempre um aquisição através de licitações de "técnica e preço" representa a melhor solução. Quando se lida com vidas humanas é preferível, que se tenha uma solução cara e eficiente do que um rádio "ching-ling" barato mas que não tem qualidade, robustez e eficiência

"Comunicações Salvam Vidas"



domingo, 6 de março de 2011

Segurança terá que trocar equipamentos de radiotransmissão



Fonte: Matéria do Jornal O Dia online - de FERNANDO MOLICA

Rio - A Secretaria de Segurança do Rio já recebeu o aviso da Agência Nacional de Telecomunicações: será obrigada a trocar, nos próximos anos, seus equipamentos de radiotransmissão. Isto porque a faixa de transmissão hoje utilizada será transferida para sistemas de telefonia móvel e conexão de banda larga em áreas rurais.
Com a decisão, até mesmo aparelhos comprados na época dos Jogos Pan-Americanos e doados para a polícia fluminense serão jogados fora. A faixa de 450 MHz também é utilizada pela Polícia Federal e pela área de segurança da Bahia.
Rádios para a Copa
Mesmo com a mudança, a polícia continua a comprar, para novos carros e instalações, equipamentos que, em poucos anos, serão descartados. O prazo para a alteração é de oito anos, mas a Secretaria de Segurança quer tudo pronto até a Copa de 2014.


Esta matéria do jornal "o DIA" apenas confirma o que eu já venho relatando insistentemente, através deste Blog. Tenho alertado "pregado no deserto", sobre esta exigência da ANATEL, que em 2006 já era uma realidade. O estado, deveria urgentemente iniciar um processo de substituição da sua plataforma de radiocomunicações de Segurança Pública e Emergência. Um planejamento eficiente demanda tempo, isto é básico, um projeto executivo, desta envergadura e responsabilidade social deve ser realizado com calma para que erros de engenharia sejam evitados. Porém, pela deficiência de comunicação entre agências, no caso ANATEL/ SENASP, estamos agora diante de uma urgência desnecessária. Urgência que poderia ter sido evitada, um simples erro de comunicação que gerou um prejuízo aos cofres públicos, que agora é inevitável. Em 2007 o governo federal investiu. aproximadamente R$ 250, 000,000,00 (duzentos e cinquenta milhões) dos cofres públicos, no planejamento e aquisição de novas tecnologias de radiocomunicações (TETRAPOL e TETRA) para o DPF e o Governo do Rio de Janeiro, em uma faixa do espectro (450-470 MHz) que já estava destinada, pela ANATEL em 2006, para a banda larga Rural.
O que deve ser observado e modificado, com este enorme equivoco administrativo, é a cultura de aquisição de novas tecnologias, de Missão Crítica para Segurança Pública, sem que haja um profundo e completo estudo antes de efetivar-se qualquer processo de aquisição.
A atual tecnologia TETRA, por exemplo, não poderá ser transformada (processo seria completamente inadequado e perigoso), para a nova faixa de frequência (VHF ou UHF) que será destinada pela ANATEL para a Segurança Pública e Emergência no Brasil. Um nova licitação tem de ser realizada e ainda dá tempo, desde que seja já. Um projeto executivo, eficiente e sem vícios, deve ser imediatamente iniciado, para tanto, o Estado deve contratar uma empresa (nacional ou estrangeira) de consultoria, que tenha a necessária, e comprovada, expertise ( capacidade e experiência) neste tipo de projeto.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Polícia Militar de São Paulo testa "iPad mineiro" Tablet fabricado em Minas Gerais será usado para monitorar as ruas do Estado

Denise Motta,
IG Minas Gerais
04/03/2011 13:09A+A-




O "iPad" mineiro em funcionamento: primeiros testes serão feitos pela PM de SP
A Polícia Militar de São Paulo começou a testar neste mês de março o primeiro tablet feito no Brasil, idealizado e produzido por uma fábrica em Betim, na Grande Belo Horizonte. Ao longo deste ano, a MXT Industrial encaminhará para São Paulo uma remessa total de 11 mil "iPads mineiros", chamados i-MXT. Neste mÊs, serão encaminhados mil.

O equipamento tem uma tela de 7 polegadas e terá uma configuração sob medida para atender os policiais, como aplicativos para consulta de placas de veículos e armas. O tablet nacional possui três portas usb, pesa 574 gramas e mede 19 cm X 12,8 cm, com espessura de 3,1 cm. É possível fazer videoconferências e utilizar o navegador integrado com rotas, por exemplo. O projeto de desenvolvimento teve início em 2009, custou R$ 4 milhões e durou aproximadamente um ano.

A diferença com o aparelho da Apple é a tela, menor, a espessura, maior: o iPad tem uma tela touchscreen de 9,7 polegadas e mede 24 cm de altura por 19 cm de largura. A espessura é de 1,3 cm e o peso é de 680 gramas (modelo sem 3G) e 730 gramas (modelo com 3G).

iPad mineiro é mais grosso e tem tela menor do que o da Apple

“O policial fará o registro de um problema na cidade e este endereço ficará registrado e poderá ser enviado, com a localização exata por sistema de GPS”, explica o diretor-executivo da MXT, Etiene Guerra. Ele explica que, ao contrário do i-Pad, o i-MXT é mais robusto para suportar vibrações e impactos, caso caia no chão.

O tenente-coronel da PM de São Paulo Alfredo Deak Júnior explica que surgiu a necessidade de todas as viaturas da corporação de contarem com um computador de bordo e destaca que o i-MXT é de fácil acesso e aprendizado, com tela sensível ao toque e uma sistema intuitivo. “Todas as viaturas estarão equipadas. As primeiras cidades a contar com este serviço são de áreas mais carentes de informação, mais perigosas”, afirmou, sem detalhar os locais por questões de segurança.

A unidade do i-MXT para a PM de São Paulo custará R$ 2.100 e a intenção da empresa é atuar no mercado de varejo a partir do segundo semestre. O preço do tablet nacional hoje varia de acordo com configurações e softwares instalados, de R$ 1.600 a R$ 2.100 - a mesma faixa de preço do iPad. A empresa também está desenvolvendo projeto para a área de segurança pública no México.

Subprefeito saberá de ocorrência em tempo real

Com o equipamento, a PM de São Paulo vai interligar os 1.900 quartéis existentes no Estado.”O objetivo é levar conhecimento. Poderemos recolher indicadores, controlar as atividades, saber o número de ocorrências atendidas por dia, enfim, proporcionar conhecimento em tempo real nas viaturas”, explica o tenente-coronel.

Na capital, por exemplo, já existe um convênio com a prefeitura para que, em apenas um clique, o subprefeito da região atingida por uma ocorrência tenha informação com agilidade e detalhamento, informa Deak Júnior.

Utilizando o i-MXT, a Polícia Militar de São Paulo espera reduzir os índices de crimes violentos, com um trabalho preventivo. De acordo com o tenente-coronel, o número de homicídios, hoje em 10,5 para cada 100 mil habitantes no Estado, deverá ser reduzido a menos de 10 para cada 100 mil habitantes nos próximos meses, valor considerado como aceitável pela Organização das Nações Unidas (ONU). Isso porque rapidamente o policial militar poderá avisar sobre possibilidades de crimes em áreas consideradas perigosas, com pouca iluminação e lixo, por exemplo.

Fabricante importa matéria-prima da China

A MXT foi criada há 10 anos e possui escritório na China, de onde vem parte da matéria-prima dos equipamentos que comercializa. Além do tablet, a empresa produz vários tipos de rastreadores e tem atuação em aproximadamente 40 países, o que representa 4% de seu mercado. Cerca de 150 mil equipamentos são produzidos por ano e a meta é de que, em 2011, este número supere a marca de 400 mil.

Quase 300 empresas utilizam a tecnologia desenvolvida na fábrica mineira. “Não compramos projetos, desenvolvemos o nosso projeto. A placa-mãe do produto é desenvolvida aqui”, afirma Guerra. O diretor-executivo conta também que, dos 180 funcionários, 27 trabalham exclusivamente no desenvolvimento de projetos. O faturamento saltou de R$ 29 milhões, em 2009, para R$ 43 milhões, no ano passado.

quinta-feira, 3 de março de 2011

O novo Centro de Comando e Controle da Prefeitura do Rio de Janeiro irá monitorar a cidade com 400 novas câmeras




A Prefeitura do Rio apresentou nesta quinta-feira, dia 03/02, as primeiras 30 câmeras de um total de 400, que serão empregadas no Carnaval para o monitoramento da cidade.
As novas câmeras (400) estarão em pleno funcionamento até o final do ano em toda a cidade e vão aumentar a capacidade de monitoramento do Centro de Operações que promoverá a Integração do serviços de Segurança Pública e Emergências. A nova estratégia de vigilância foi apresentada pelo secretário de Turismo e Presidente da Riotur, Antonio Pedro Figueira de Mello, pelo chefe-executivo do Centro de Operações Rio, Sávio Franco, e pela presidente da Cet-Rio, Cláudia Secin
"Neste primeiro momento, priorizamos os locais onde acontecem os blocos e os desfiles das escolas de samba, não só para permitir uma melhor operação do trânsito durante o carnaval, mas, também, conciliando os interesses de todos os órgãos", explicou Secin.
Atualmente, o Centro trabalha com 200 câmeras da Cet-Rio e concessionárias, além de contar com as imagens das 250 divididas entre as Unidades operacionais da Polícia Militar que atuam dentro da região Metropolitana do Rio de Janeiro. Os novos equipamentos, tem tecnologia Wi-fi e apresentam recursos anti-vandalismo. Os pontos de instalação possuem postes 17 metros de altura o que irá proporcionar uma maior qualidade e abrangência de observação dos principais pontos da cidade que ganha mais segurança com o novo sistema de vídeomonitoramento Urbano da prefeitura do RJ
.As novas câmeras foram adquiridas com recursos do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (PRONASCI) custando aos cofres federais mais de R$ 100 milhões, que foram repassados para o município do Rio, porém desta quantia apenas R$ 2 milhões foram gastos na compra e instalação das 400 câmeras?

terça-feira, 1 de março de 2011

O VALOR ESTRATÉGICO DE UM BOM PROJETO




Fonte revista do CREA Editorial
Agostinho Guerreiro
Presidente do CREA-rJ

(www.agostinhoguerreiro.blogspot.com)

Ao mesmo tempo em que vive um momento histórico de retomada de investimentos, o Brasil
precisa ultrapassar alguns obstáculos para ingressar, sem sobressaltos, em novo ciclo virtuoso de desenvolvimento.
A segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), por exemplo, impressiona
pelas cifras: prevê a aplicação de R$ 958,9 bilhões entre 2011 e 2014, especialmente nas áreas de energia e habitação.
No entanto, o processo de contratação de obras para programas públicos de investimentos se depara com problemas que – caso não sejam sanados – podem se transformar em autênticas armadilhas no caminho do desenvolvimento social e econômico brasileiro.
As licitações para empreendimentos em qualquer área precisam ser planejadas com antecedência para evitar, por exemplo, que uma exceção da lei – a urgência – transforme-se em regra. Esse artifício foi usado na recém-aprovada Lei das Diretrizes Orçamentárias de 2011, que excluiu as obras da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016 das exigências da Lei das Licitações (8.666).
Mesmo quando não há urgência, muitos editais aceitam projetos básicos em detrimento de
projetos executivos e terminam por privilegiar o critério do menor preço. Isso pode não apenas comprometer a qualidade da obra como encarecê-la durante o processo de execução.
Como o projeto básico tem se mostrado insuficiente para prever todos os eventos de uma
obra, são comuns os chamados aditivos contratuais, que podem elevar o custo total do empreendimento em até 25% , de acordo com estudos do Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva (Sinaenco). Mas há certos casos conhecidos em que o custo final aumentou 200% ou mais. O mecanismo dos aditivos, usado durante o processo de execução de obras, é tido como fonte potencial de corrupção. Não por acaso, o Sistema Confea/Crea vem liderando o Movimento Anticorrupção da Engenharia, da Arquitetura e da Agronomia, cujo manifesto foi lançado em abril deste ano. O documento ressalta que a corrupção ameaça a qualidade e a segurança das obras e serviços, rebaixa direitos sociais, contribui para a degradação ambiental e impede a concorrência leal. Esses problemas, portanto, são de alto interesse para a sociedade e devem merecer toda a atenção dos profissionais e das empresas da área tecnológica. Até porque o Brasil ficou conhecido em todo o mundo pela capacidade de realizar projetos de alta competência técnica, que tiveram papel estratégico na construção de nossa infraestrutura. Esse patrimônio presente, mas principalmente o futuro, é valioso demais e não pode ser negligenciado exatamente quando o nosso país e o nosso povo mais precisam dele!

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