sábado, 12 de março de 2011

O TERREMOTO NO JAPÃO E O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO


As catástrofes climáticas e geológicas que atingem nosso planeta, a cada vez com maior intensidade, devem ser interpretadas como sirenes de alerta que indicam " o planeta Terra é dinâmico", portanto, temos que estar sempre preparados para os desastres. As tristes imagens do Taiti, Chile, Região Serrana do RJ e, a mais recente tragédia, Japão, que graças a tecnologia de comunicação permitiu que fossem acompanhadas, simultaneamente, por todo o planeta. Provam a fragilidade do homem frente a natureza, mas, ao mesmo tempo, destaca a importância do Planejamento Estratégico. Os desastres naturais, que ocorreram nestes diferentes pontos geográficos, deixa bem claro que: quando Planejamento estratégico não existe (Taiti, Chile e Região Serrana do RJ) os traumas sociais (mortos, feridos e danos materiais) são bem maiores, porém quando ele existe, os traumas sociais também podem existir contudo, as perdas de vidas e danos materiais acontecem em proporções bem menores embora, a perda de uma vida seja sempre um dano irreparável.

O que diferencia a catástrofe do Japão das ocorridas, recentemente, em outros países é o Planejamento Estratégico. O Japão é único país que sofreu um ataque nuclear e sua geografia o coloca em uma Região do Planeta sujeita a terremotos e Tsunamis ¹, O Círculo de fogo do Pacífico, ou Anel de fogo do Pacífico (ou às vezes apenas Anel de Fogo), uma área onde há um grande número de terremotos e uma forte atividade vulcânica. Estes motivos forjaram nos japoneses a cultura do Planejamento de Contingencias. Eles estão sempre em alerta!

¹ "Tsunamis são uma ocorrência frequente no Japão; aproximadamente 195 eventos desse tipo foram registrados.[1] Devido aos imensos volumes de água e energia envolvidos, tsunamis podem devastar regiões costeiras. Acidentes podem ocorrer de forma elevada, visto que as ondas se movem mais rapidamente do que os seres humanos." (fonte Wikipédia)

Os terremotos (que provocam o tsunami) não causam maiores danos aos prédios e outras construções no Japão pelo fato, da sua engenharia civil utilizar métodos de construção que apresentam uma boa resistência aos abalos sísmicos, outro fator importante são os meios de alerta que o governo japonês com o auxilio das empresas de tecnologias de telefonia e outras que militam nas áreas de Missão Critica criaram, por exemplo, foi instalado um sistema de alerta que mede as ondas primárias e secundárias dos tremores e envia sinal aos usuários antes do terremoto acontecer, através dos telefones celulares. O aviso ocorre poucos segundos antes, tempo em que máquinas e válvulas de gás podem ser desligadas. A Agência Metereológica do Japão (JMA), que reúne uma extensa rede de comunicação de monitores de terremotos em uma rede de alta velocidade. Os dados são enviados a diferentes usuários, incluindo estações de TV, produtores e operadoras de celular.

O sistema fornece avisos medindo as ondas primárias de um tremor, que são fracas e se movem rapidamente, para automaticamente prever quando ondas secundárias mais lentas e destrutivas chegarão a um determinado lugar. O sistema também informa a força dos tremores.

A quantia de avisos varia de poucos segundos até um minuto. As pessoas mais próximas do centro de abalo do terremoto recebem avisos mais curtos - e em alguns casos podem não recebê-los - mas os pesquisadores concordam que a possibilidade de receber avisos é melhor que não recebê-lo.

Os prédios são equipados com receptores que recebem dados do governo ou de provedores de serviços. O sistema de alarme é desenvolvido para parar automaticamente maquinários pesados ou salvar dados de computadores.


O Estado (compreendido pelas esferas federais, estaduais e municipais) deve sempre planejar ações de contingenciamento, principalmente, nas ações de Segurança Pública e Emergências um plano de contingência bem elaborado como, por exemplo, o Japonês, é uma importante ferramenta que minimiza os danos causados por qualquer sinistro.

Plano de Contingencia, "também chamado de planejamento de riscos, plano de continuidade de negócios ou plano de recuperação de desastres, tem o objetivo de descrever as medidas a serem tomadas por uma empresa, incluindo a ativação de processos manuais, para fazer com que seus processos vitais voltem a funcionar plenamente, ou num estado minimamente aceitável, o mais rápido possível, evitando assim uma paralisação prolongada que possa gerar maiores prejuízos a corporação. Dada a grande importância deste processo seu custo deve estar incluído no escopo de novos projetos.” (fonte Wikipédia).

Renato Cesar de Oliveira Moreira

Capitão PMERJ

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