"Se existe mais de
uma maneira de uma tarefa ser executada e alguma dessas maneiras resultar num
desastre, certamente será a maneira escolhida por alguém para executá-la”. (Lei
de Murphy)
Em eventos internacionais
de grande magnitude (copa das Confederações, jovens pela Paz, copa do mundo, olimpíadas,
etc.) as Comunicações Críticas de Segurança
Pública e Emergências, deveriam receber um tratamento baseado na maior
qualidade técnica (eficiente e eficaz), mas o que se observa na verdade é a
repetição dos “equívocos” do PAN 2007. Projetos indefinidos, ações confusas e
vaidades a flor da pele são os norteadores do planejamento das Comunicações Criticas
na maioria dos estados. Muito se fala e
pouco se faz de concreto em relação aos projetos de radiocomunicações, projetos
que estão mais atrasados e confusos que as obras de alguns estádios. É lógico que
a infraestrutura dos locais dos eventos é o objetivo maior a ser alcançado, mas
se não houver um processo objetivo, sem interesses ocultos, na escolha da
tecnologia a ser aplicada nas Comunicações Críticas, o Brasil estará correndo o
sério risco de o novo sistema apresentar deficiências semelhantes ao ocorrido
no PAN 2007. O Rio de Janeiro, por exemplo, ainda não iniciou o processo de
substituição da tecnologia TETRA (450 a 470 MHz) e da substituição da rede
analógica que atende as Regiões do interior do estado. Processo que já deveria
estar sendo realizado tão logo se constatou o efeito colateral provocado pelos
erros de projeto TETRA - sistema implantado pela SENASP no PAN2007 e que ainda necessita
de constantes ajustes operacionais (falhas de cobertura). O raciocínio é muito simples:
se o projeto TETRA no Rio de Janeiro está demorando 6 (seis) anos para ser
totalmente implantado, quanto tempo irá demorar a implantação de uma nova
tecnologia em 380 MHz? Mesmo que seja mantido o protocolo TETRA quanto tempo
será demandado para: adequar à infraestrutura de ERBs, substituir os terminais
em 450 MHz, treinar os policiais, bombeiros, guardas municipais, que irão manusear o novo equipamento? Quanto tempo será necessário para formar um Corpo
Técnico para esta nova tecnologia?
A resposta para estes
questionamentos, somente o tempo responderá. Só nos resta esperar.
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