sábado, 3 de maio de 2014

A Copa da "Ineptocracia" nas soluções de TICs para Comunicações Críticas






A aplicação, ética e objetiva, das TICs na melhoria da segurança pública, é o desejo de todo profissional sério de segurança pública e Emergências. No entanto no Brasil isto não ocorre. A copa do Mundo está aí para provar este fato.

Protegidos pela capa de invisibilidade da “necessidade" de aquisição de tecnologias de Missão Crítica (4G, radiocomunicação, CFTV, etc.) para os eventos internacionais de grande ou médio porte realizados no Brasil ou unicamente em alguns estados da federação. Os gestores (incompetentes ou corruptos) se aproveitam desta oportunidade para justificar seus gastos com soluções tecnológicas inadequadas, obsoletas, extremamente caras de fornecedores aliciadores e corruptores. 

Já venho comentando, desde 2007, que as soluções para estes eventos deveriam ser adquiridas através de um planejamento sério, focado em resultados (resultados positivos). O PAN2007 foi um exemplo negativo para as comunicações críticas que não deveria ser repetido, mas em 2014, não me surpreende, as mesmas estratégias equivocadas foram colocadas em marcha. Aquisições equivocadas ou mal intencionadas, de soluções mirabolantes, perfumarias tecnológicas, caras e inadequadas, foram elencadas como primordiais e imprescindíveis para o evento. Porém, estamos a poucos dias do início da “COPA FIFA 2014” e nada ou quase nada se tornou realidade. Nem mesmo estas soluções ruins foram efetivamente instaladas e/ou pelo menos, testadas, ou seja teremos, mais uma vez, uma cobertura de TICs “roleta russa”. Foram edificadas estruturas faraônicas, com orçamentos absurdamente astronômicos, com a proposta de atuarem como bases de gestão de TICs, verdadeiros elefantes brancos, cidadelas fantasmas, abandonadas que, por falta de tecnologias adequadas e de um gestão eficiente, serão subutilizados e depois, findado e evento, abandonados as moscas pelo custo de sua manutenção.

O que me deixa pasmo, é a falta de compromisso com a Segurança Pública e Emergências, destes iluminados que capitanearam estas maracutaias. Não estão nem aí para segurança dos profissionais de segurança pública e muito menos do cidadão o que importa são os 10% da comissão. Mas o que esperar de quem sabia que estava demissionário com as mudanças na gestão política em 2015. Pode ser até aberta uma auditoria para apura os desvios das verbas públicas, mas o mal já está feito, o dinheiro já mudou de bolso. 

Mais uma vez a história se repete - os incompetentes e/ou mal intencionados saíram no lucro neste processo de aquisição de soluções fornecidas por traficantes de tecnologia nacional ou importada, os profissionais sérios e competentes serão penalizados na busca de soluções paliativas de um problema que não criaram, mas terão que dar seu jeito para solucionar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado! Sua participação é bem-vinda, contudo para evitar qualquer mal entendido vamos analisar sua opinião de forma democrática.

Newsgula Headline Animator