sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Governo terá nuvem privativa, hospedada nas estatais



O governo já começou a investir no uso da computação em nuvem dentro da administração pública e está decidido a manter, pelo menos naquilo relacionado a conteúdos estratégicos, uma hospedagem própria valendo-se das estatais federais de processamento de dados, como Serpro e Dataprev.

“Nós teremos uma nuvem privativa de governo, porque a classificação das informações indica essa necessidade. Os dados estratégicos do governo, que devem ser protegidos, que devem ser de sua gestão, estarão sempre hospedados em nossas estatais de processamento de dados. Isso é uma decisão”, afirma o secretário de Logística e TI do Ministério do Planejamento, Delfino Natal de Souza.

Essa decisão faz parte do grupo criado ainda no ano passado, integrado pelos ministérios do Planejamento e de Ciência e Tecnologia, além de estatais como Serpro, Dataprev e Telebrás. O projeto conta com apoio do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) e uma linha de financiamento específica da Finep.

“A intenção é tornar esse processo operacional nas nossas estatais, de forma que no âmbito da própria administração pública a gente tenha um acesso a informações, processos e principalmente aqueles de uso comum entre os órgãos, que possam estar na nuvem – na nuvem privativa do governo”, explica o secretário.

O uso da computação em nuvem, no entanto, também terá uma vertente de dados públicos a serem disponibilizados a todos os cidadãos, dentro da Infraestrutura Nacional de Dados Abertos (INDA). “Buscamos, além de ampliar a transparência do governo e a publicação de dados abertos, também uma redução do custo operacional, já que estamos trabalhando com padronização, integrado aos processos produtivos sistêmicos de governo, de forma a estarem em nuvem e abertas à própria população”, diz Souza.

Além disso, a nuvem será utilizada para a prestação de serviços de governo eletrônico. “No processo da Nota Fiscal Eletrônica participam entidades privadas, estados, a própria Receita Federal. O Serpro é hospedeiro de uma solução que dá suporte que é utilizado por aqueles estados que não tiveram ainda maturidade para sua implementação. Ele não está hoje gerenciado no conceito da computação em nuvem, mas certamente esse é um processo perfeitamente elegível.”

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