No Brasil, ou em qualquer lugar do mundo, não é possível fazer Segurança Pública sem Comunicações. "Comunicações salvam vidas"
quarta-feira, 2 de maio de 2012
Tecnologia Nacional para 4G, se a moda pega!
As publicações especializadas em telecomunicações estão divulgando que a exigência do uso de tecnologia nacional na construção das infraestruturas de redes voltadas para a oferta da 4G, gerou várias representações na Organização Mundial do Comércio - OMC pelas empresas de telecomunicações dos EUA e da União Europeia, que reclamam que a exigência do governo Brasileiro em adquirir apenas tecnologia nacional, é ilegal. As empresas estrangeiras estão afirmando que a exigência de tecnologia nacional é uma medida contrária as normas de livre comércio, agora o comércio é livre! A matéria foi publicada nesta quarta-feira (02/05), no jornal O Estado de São Paulo, em matéria produzida pelo jornalista Jamil Chade, correspondente na Suíça, divulgou que a demanda, norte americana e europeia, foi externada na reunião do Comitê de Investimentos da OMC, que vai se reunir na próxima sexta-feira, 04 de maio.
Os "gringos" estão reclamando porque, em sua visão imperialista, não concordam em abrir, pasmem, "seu espaço" para tecnologias nacionais previsto no edital da ANATEL. O interessante é que a maioria dos fabricantes tem fabricas e empresas subsidiárias (montadoras) no Brasil.
Pelo desejo estrangeiro Brasil continuara sendo a lixeira tecnológica do 1º mundo, local onde são despejados os equipamentos que já estão obsoletos em seus pais de origem. A posição do governo brasileiro - embora eu não concorde com tomada da faixa de 450 MHz da Segurança Pública, se for realmente mantida, será um importante passo para a autonomia tecnológica em TIC.
Tivemos um grande exemplo da prática nociva de descarregar estoques obsoletos no Brasil. Nos Jogos Pan Americanos de 2007, o lixo fornecido, em sua maioria, já era obsoleto na época, mas, hoje é inservível. A maior parte, pelo menos o que funcionou, não pode ser aproveitada pela obsolescência da tecnologia e falta de peças de reposição e outras, pelo mau planejamento do fornecedor estrangeiro, até hoje, 5 (cinco) anos depois, ainda está sendo "implementado". A petulância e o descaso, para com a nossa capacidade em criar e/ou produzir tecnologia, das empresas estrangeiras é tão absurdo que inclusive o Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR), enviou um documento ao governo brasileiro, publicado pelo Estadão, com o seguinte questionamento: "A Anatel vai exigir que a tecnologia preferida seja rejeitada em favor de uma tecnologia inferior que seja produzida localmente?". Mas, e a tecnologia de dois bilhões de dólares, recentemente instalada em Nova York, que, após a publicação de um relatório técnico, está causando a maior polemica pela sua ineficiência do famoso 911.
Porém, segundo o Estadão, o Ministro Paulo Bernardo, já deixou claro que o governo Dilma não mudará sua opinião a este respeito e que os itens do edital da ANATEL "não ferem as condições da OMC e, sim, promovem a produção e o desenvolvimento local".
Não sou um purista, um nacionalista venezuelano, boliviano ou argentino, apenas acredito que o Brasil já possui maturidade tecnológica, suficiente, para produzir suas soluções em telecomunicações. Chega de investir milhões, do suado dinheiro do cidadão brasileiro, em soluções, americanas, israelenses, espanholas, chinesas, etc. que não nos atendem, que não foram idealizadas e produzidas para nossa realidade geográfica. Não é mais possível, ou melhor, aceitável que continuemos a adaptar nossas demandas de Comunicações Críticas e Emergência ao pacote "Black Box" importado pelos "Alienígenas" - liga ali! Fala aqui! E boa sorte! Se, por exemplo, o Japão, a Coreia do sul e a China, não tivessem desenvolvidos suas próprias soluções tecnológicas onde estariam suas economias agora?
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