segunda-feira, 10 de junho de 2013

As possíveis falhas nas Comunicações Críticas em ações integradas para grandes eventos no Brasil.



A tecnologia dos Centros de Comando e Controle Integrados sejam eles moveis ou fixos, enfrentarão a princípio, as resistências técnicas e operacionais características das forças que atuarão em “conjunto” durante o evento que, caso não sejam dirimidos, irão trazer reflexos negativos para os eventos futuros. A principal dificuldade será conduzida pelas diferenças ideológicas que caracterizam cada instituição, em todas as camadas de atuação, ou seja, teremos forças federais, estaduais, municipais e a FIFA. Cada ente desta coalisão, ordinariamente, tem objetivos e missões específicas - que já enfrentam divergências culturais entre as intuições assim como, entre seus agentes. No Brasil existe um intenso antagonismo, as vezes velado e muitas vezes explícito, entre os agentes destas corporações e este fato é um paradigma que vai demorar muito a ser quebrado. Portanto, mesmo que seja imposta uma integração tecnológica e operacional (através de codificações, processos operacionais, etc.) a resistência ao trabalho conjunto será um óbice difícil de ser superado em um curto espaço de tempo. Portanto uma intensa campanha de conscientização que envolva todos os protagonistas da segurança pública e emergências deve ser intensificado para que se alcance a mais perfeita integração.


Os processos de aplicação das tecnologias de missão crítica de radiocomunicações e transmissão de dados (GPS, CFTV, despacho de ocorrências, etc.) que, indiscutivelmente, são ferramentas imprescindíveis para aplicação da Lei e da Ordem que, a rigor, devem ser gerenciadas com objetividade, para a exploração eficiente e eficaz destas ferramentas. Em outras oportunidades (eventos de grande porte) e mesmo no dia a dia, a falta de treinamento e a substituição de software, por exemplo, sistemas de TIC para despacho de ocorrências e gestão de frota resultou em ações inoportunas e repletas de “bugs” (mexeram no que estava quieto) prática que, infelizmente, é corriqueira nos setores públicos no Brasil, atitudes intempestivas norteadas pela incompetência e/ou desonestidade de determinados gestores públicos - o mal assessoramento também é um elemento que deve ser considerado, envolvidos com tecnologias de Missão Crítica. Normatizações contextualizadas, previamente difundidas também devem ser aplicadas como elementos facilitadores para o tráfego de informação e inteligência

A dependência de determinadas tecnologias largamente utilizadas pelas forças de segurança pública e emergências, na transmissão de dados a longas distâncias que, pela sua importância estratégica, devem utilizar canais ágeis, seguros e confiáveis; principalmente as tecnologias embarcadas em viaturas operacionais, que dependem das operadoras de telefonia (GSM) para aplicação de seus recursos tecnológicos embarcados, no entanto, nos locais de grandes eventos, o tráfego de informações pode ficar estranguladas pelo excessivo tráfego de usuários na rede de telefonia móvel celular (EDGE, 2G, 3G e, se funcionar, 4G) acrescente-se a este quadro os aparelhos bloqueadores “JAMMER” utilizados pelas agências de segurança dos EUA e por outras nações visadas por terroristas – os jammer’s são facilmente adquiridos no mercado on-line (http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-486529281-bloqueador-de-sinal-de-rastreador-e-celular-gsmgps3-g-_JM) ou no Paraguai portanto, concretamente, o jammer é uma ameaça externa.

Entendo que os recursos tecnológicos são grandes aliados para o serviços de segurança pública e emergências. No entanto estes mesmos recursos quando adquiridos e/ou aplicados por gestores que não têm o necessário comprometimento com a qualidade e eficiência de sua aplicabilidade (atendimento a demanda), obtém uma cadeia de resultados negativos, por exemplo, a perda de confiança do agente público (policial, bombeiro, guarda municipal, etc.) em utilizar estas ferramentas; não garantem a manutenção da qualidade do serviço que deve ser prestado a sociedade e, o mais corriqueiro, entram em rápido processo de obsolescência, quando não adquiridos já obsoletos.

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