domingo, 2 de junho de 2013

Tecnologias e Infraestruturas para grandes eventos - ELEFANTES BRANCOS


ELEFANTE BRANCO é uma expressão idiomática para uma posse valiosa da qual seu proprietário não pode se livrar e cujo custo (em especial o de manutenção) é desproporcional à sua utilidade ou valor. O termo é utilizada na política para se referir a obras públicas sem utilidade (Wikipédia).

Assim são as obras faraônicas construídas para atender demandas inexistentes ou efêmeras. Constroem prédios suntuosos cercados de tecnologias importadas. Tecnologias que estão agregadas as obras e/ou representadas pelas famosas “caixas pretas”, que os traficantes tecnológicos garantem que funcionam, verdadeiros “abacaxis” que depois de instalados ou não funcionam como prometido ou quando apresentam uma deficiências qualquer, não possuem a necessário suporte técnico no estado ou em qualquer lugar do território nacional e porquê? Porque “la garantia soy jo” ou “保修是我”. São ativos adquiridos como soluções milagrosas para as ações de Manutenção da Ordem Pública a um custo astronômico, na aquisição, instalação e manutenção (quando houver). Este é um câncer que consome o erário público. 

No Brasil, com a desculpa de atender a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016, investimentos astronômicos estão sendo empregados (ou desviados) em recursos tecnológicos, simplesmente inúteis, em detrimento de várias outras necessidades operacionais de maior importância, por exemplo, um bom (simples, robusto e eficiente) sistema de TIC para aplicação em comunicações críticas nas ações de segurança pública e emergências (atendimento e despacho de ocorrências, CFTV; etc.). Por exemplo, quando são construídas suntuosas infraestruturas que custam milhões para atender demandas efêmeras, inclusive eventos que dependem de um resultado positivo no esporte para justificar este investimento. É triste, mas, a exemplo do PAN2007, estaremos comprando um fusca com o valor de uma frota de Ferrares, isto significa que serão mantidas inalteradas as dificuldades operacionais mais básicas, dentro de cada instituição de segurança pública e emergências, este filme eu já vi. Mas qual a origem deste problema? A política e a corrupção. 

- A política quando favorece a colocação, em funções de gestão de tecnologia, de pessoas sem a menor capacidade técnica e/ou experiência operacional, verdadeiros mercenários que rezam na cartilha de quem está no poder político (visando apenas o poder econômico) ou que simplesmente travestem-se de funcionários públicos dedicados (lobos em pele de cordeiro), pois o mal que habita a criatura é culpa de seu criador. Estes alienígenas e/ou traidores de seu pares, que utilizam-se da fama de honestidade para praticar todos os tipos de fraudes. Apropriam-se do conhecimento e do esforço físico dos outros, em causa própria, e depois os descartam ou os jogam para os leões transferindo para eles a culpa pelos desvios e má gestão. 

- A corrupção de quem não tem compromisso ético com a manutenção da qualidade da solução adquirida, motivado apenas pelo lucro, rápido e fácil, ou seja, entra, gasta, ganha e mete o pé na estrada com a grana dos cidadãos em suas malas ou nas cuecas, são verdadeiros sanguessugas ou pior, vampiros. Para estas criaturas das sombras, os usuários (policiais, bombeiros, guardas municipais; etc.), que dependem da qualidade da tecnologia para sua segurança não tem a menor importância. 

No entanto ainda existem ações legitimas norteadas pela ética que realizam projetos sérios e realmente voltados para a qualidade do resultado final, seja ele a construção de locais apropriados para o atendimento de missões críticas e/ou aquisição de soluções tecnológicas eficientes e com plena garantia de suporte técnico de seus fornecedores, em locais próximos ao cliente público (estados e municípios). Infelizmente estes exemplos de comprometimento e ética, são muito raros em nosso país. 











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