sábado, 20 de abril de 2013

VANTs em áreas urbanas?




VANTs prestes a decolar nos céu do Rio de Janeiro e em outras regiões do Brasil. Estudos e pesquisas estão à quase uma década em andamento, no entanto ainda existem fortes desconfianças, principalmente em torno da ética de sua utilização pelas forças governamentais de "Segurança Social", que provável aplicarão este instrumento na invasão da privacidade dos cidadãos. Tamanho poder, em um país onde as leis são constantemente burladas pelo jeitinho brasileiro (superfaturamentos, desvios de dinheiro público, mensalão, dólares na cueca, etc.) quem garante que o VANT não será um instrumento de abuso do poder ou atos fraudulentos? Porém o maior perigo dos VANTs é sua aplicação em áreas urbanas densamente povoadas como, por exemplo, as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, onde existe o risco concreto de colisão com prédios, torres de comunicação, queda sobre áreas densamente habitadas e o mais preocupante a colisão com aeronaves de carreira (aviões e helicópteros).
As possibilidades operacionais dos VANTs são indiscutíveis, sua utilização estratégica em ações militares, fiscalização de fronteiras, meio ambiente, combate ao tráfico (de drogas, armas, animais, pessoas, etc.), fiscalização em áreas contaminadas por produtos perigosos, em fim em diversas aplicações civis e militares. O único se não, é o sobrevoo em áreas urbanas, não conflagradas, para missões ordinárias de inteligência objetivando, em tese, a segurança pública.
Em nenhum país, regido por leis sérias de controle aéreo, este teleguiado (VANT) está autorizado a pairar sobre as cabeças de cidadãos que residem em áreas urbanas inclusive, Nos EUA o VANT ainda é muito controlado e sua aplicação é proibida em locais habitados. Tanto que o responsável pelo controle da aviação civil nos Estados Unidos ainda não divulgou as normas que nortearão os voos domésticos de DRONES (VANTs). Normatização aguardada por vários países para servir de base no ordenamento de suas próprias leis. No Brasil tanto a ANAC quanto o DECEA "proíbem" o voo de VANTS sobre as cidades brasileiras e as outras operações em áreas rurais ou desabitadas, devem ser comunidas a FAB, com antecedência de 15 a 30 dias.
A Agência Nacional de Aviação Civil - ANAC está analisando a possibilidade do uso civil dos VANTs, no entanto "devido aos novos desafios e características associadas ao voo remoto, são necessárias adequações na regulamentação deste tipo de aeronave para garantir níveis de segurança". A ANAC esclarece que, "mesmo nos países em que existe a regulamentação sobre o tema, ainda há limitações na legislação devido à inexistência de especificações de aparelhos e de seus operadores".
"Nenhum país atualmente permite voo livre de VANT. Sempre é um processo de autorização especial, concedido caso a caso. O maior desafio, no mundo todo, é tentar integrar a aeronave remotamente pilotada às aeronaves pilotadas", afirma o capitão José Augusto de Almeida, do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), um dos especialistas do tema no país.
No Município do Rio de janeiro a topografia e a densa ocupação urbana são elementos que atingem negativamente a aplicação segura dos VANTs a maioria dos morros - onde existem várias habitações (favelas) em sua maioria, de construções não muito seguras, possuem elevações com mais de cem metros de altitude e outros mais de 300 m. Existem três grandes maciços em sua formação geológica que cujas altitudes variam de 900 a 1.024 metros. O município possui um dos dez aglomerados urbanos mais populosos do planeta.
No Rio de Janeiro existem artefatos presentes no cotidiano cultural do carioca que podem transformar-se em instrumentos "antvant", a um custo médio de R$ 5,00 (cinco reais). Construídas com bambu e papel fino sustentadas e guiadas por finos cabos cortantes. As pipas que habilmente conduzidas por seus operadores em sua maioria com idades que variam entre 10 a 12 anos, podem derrubar e/ou avariar os VANTs.
                                                   
                                                                       

                                                Imagem: Fábio Motta/Agência Estado


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