OS RADIOAMADORES, HISTORICAMENTE, SEMPRE APOIARAM AS AÇÕES DE EMERGÊNCIA.

Todos os verdadeiros aficionados pelo radioamadorismo têm consciência da importância desta atividade para o relacionamento interpessoal e no apoio aos casos de emergência social. O radioamadorismo é uma rede social que antecede a internet, pois permitia e ainda permite, a telecomunicação entre indivíduos dos quatro cantos do mundo, embora não tenham a mesma capacidade de interação que a rede mundial de computadores (INTERNET), pela existência de algumas restrições técnicas e operacionais no equipamento de rádio - é bem mais complicado que o PC, pois o rádio exige um maior conhecimento técnico do usuário (rádio operador).
A evolução tecnológica que iniciou-se no século passado, principalmente, durante a 2ª GM e no decorrer da "Guerra Fria", promoveu um maior acesso do radioamador a tecnologias criadas , principalmente, para militares e espiões. As empresas de Telecomunicações que desenvolviam projetos, por exemplo, para o PENTAGONO e a NASA nos EUA passaram a disponibilizar, para o usuário civil, versões menos robustas mas de eficiência operacional semelhante, equipamentos de comunicações diversificados (HF, VHF, UHF, Satélite, TV, Dados, etc...), com muitos recursos, de Tx e Rx, que forneceram mais qualidade e eficiência aos CQ (Chamada Geral) .
Estes equipamentos passaram a ter destinação para o lazer, industria e Segurança Pública. No caso do radioamadorismo esta evolução tecnológica permitiu que os operadores, além das atividades interpessoais, executassem atividades de apoio voluntário mais interativo, com as instituições públicas e civis (polícia, bombeiros, defesa civil, etc.) em situações de emergência social.
No Brasil em 24 de outubro de 2004 foi criada a Rede Nacional de Emergência de Radioamadores - RENER. O ministério da Integração Nacional - MI através da Portaria Ministerial MI-302, de 24 de outubro de 2001, publicada no Diário Oficial da União n º 201, Seção I, de 26 de outubro de 2001, criou a RENER com o objetivo de suprir os meios de comunicações usuais, quando os mesmos não puderem ser acionados, em razão de desastre, situação de emergência ou estado de calamidade pública. A Liga de Amadores Brasileiros de Rádio Emissão – LABRE é a responsável pela coordenação da atuação dos radioamadores durante as atividades, operação conjunta, com a Defesa Civil.
Os Radioamadores brasileiros têm demonstrado bem o papel que desempenham na sociedade e as suas potencialidades para a participação quando se torne necessário o seu apoio operacional, em vários momentos de emergência e cidadania.

Renato Cesar