sexta-feira, 29 de abril de 2011

Ampliação da banda larga mas com qual Espectro?



Empresas consideram que massificação da banda larga proposta pelo governo precisa ter reformas estruturais

O fantasma da falta de espectro continua assustando a vida das operadoras móveis. Representantes das três maiores do setor, Vivo, Claro e TIM, falaram hoje sobre as necessidades dessa área e o receio de um gargalo no futuro se alguns problemas estruturais não forem resolvidos. "Não é possível apoiar o acelerado crescimento da banda larga móvel com as limitações vigentes de espectro para as atuais operadoras", comentou Luiz Otávio Marcondes, diretor de assuntos regulatórios da Claro.

O tema espectro sempre volta à tona, principalmente quando o governo manda recados sobre a necessidade de baixar mais os preços e aumentar as velocidades da banda larga, tanto fixa quanto móvel. Segundo Marcondes, a demanda por espectro para bancar ainda mais pessoas na rede, via telefonia móvel, é muito grande. "Vamos precisar de tudo que está disponível, 3,5 Ghz, 2,5 e 700 MHz", disse. Só para se ter uma ideia, a Claro possui 9,2 milhões de clientes que se conectam à web ou via rede 3 G ou via modems.

Para Paulo Cesar Teixeira, vice-presidente de operações da Vivo, a proposta de massificação do acesso à Internet contida no PNBL (Plano Nacional de Banda Larga) coincide com o esforço que vem sendo feito pelas operadoras móveis. Mas há pontos que necessitam ser equilibrados, como por exemplo a liberação de espectro. Ele lembra que a Vivo trabalha com um ritmo de 262 mil novas conexões de banda larga móvel por dia.

Bruno Marcili, gerente de oferta banda larga da TIM, lembra que há várias barreiras de entrada que impedem a massificação, como impostos e alto custo da transmissão, que acarretam em preços maiores do que o consumidor consegue pagar. Também considera que entre os obstáculos estão a limitação de tamanho e de ofertas de velocidade.

Os executivos participaram hoje do 11º Rio Wireless, que está sendo realizado no Rio de Janeiro. O evento encerra amanhã com uma discussão sobre planejamento, objetivos e legado da infraestrutura para Copa do Mundo e Olímpiadas.

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