quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Comunicação Crítica - A corrupção e a ganância prejudicam a qualidade dos serviços



No Brasil a ganância e a falta de ética são os fatores mais nefastos para qualidade das Comunicações Criticas, principalmente, nas atividades de segurança pública e emergência. Os processos de aquisição ou contratação de tecnologias (radiocomunicações, telefonia, etc.) nem sempre seguem o principio de qualidade, eficiência e de menor custo para os cofres públicos. Alguns gestores públicos (mal intencionados) aproveitam-se da falta de conhecimento técnico da sua administração (federal. estadual ou municipal), o que favorece a obscuridade do processo, e aliam-se a alguns representantes comerciais (gananciosos) de algumas empresas fornecedoras e/ou produtoras de tecnologia. Esta combinação (formação de quadrilha) é o "catalisador" que facilita a aquisição de tecnologias "caixa preta". Este tipo de aquisição sempre traz mais problemas que solução. Os contratos não são cumpridos, pois não existe uma fiscalização séria. O fornecedor sempre alega que determinada função, por exemplo, ligar a chave "ON" não está prevista no contrato e exige mais dinheiro, os projetos são apresentados como milagrosos e definitivos, mas com o andar da carruagem estão obsoletos ou são inadequados para o nosso clima e geografia, ou seja, não atendem as demandas iniciais do serviço que deveria atender.
Portanto, a falta de eficiência da grande maioria das tecnologias que estão sendo ofertadas e implantadas no Brasil é decorrente da união de alguns funcionários públicos (efetivos ou emprestados de outros órgãos) mal intencionados e de alguns representantes comerciais ou técnicos de empresas, nacionais e estrangeiras, gananciosos e pouco comprometidos com as reais necessidades dos seus clientes e, muito menos, com o futuro de seus produtos no mercado Brasileiro. A motivação destes agentes é o lucro imediato (comissão para quem vende e os 10% de quem facilita a compra). O Brasil é uma economia emergente, portanto é um mercado tentador para tecnologias de qualidade e para os fornecedores de sucatas.
Esta realidade, que nos cerca, é um pesadelo que permeia as administrações públicas brasileiras e vai se agravar com o aumento das demandas (por exemplo, a Copa do Mundo). Uma atitude fiscalizadora e reguladora, através de normas e regulamentos, tem de ser aplicada com urgência. Talvez fosse interessante, que o Ministério da telecomunicações, a ANATEL e o TCU interferissem de maneira mais intensa nos processos de aquisição de novas tecnologias ou nos processos de ampliação de redes já implantadas e/ou que houvesse a formação de conselhos fiscais (federais, estaduais e municipais), para aquisição de novas tecnologias publicas, eleitos a cada dois anos pelo CREA e Universidades (públicas e privadas). Para os Profissionais de Segurança Pública (comprometidos com a qualidade, eficiência e menor custo) que atuam na área de Telecomunicações para Missões Críticas, este suporte seria uma blindagem, contra o assédio de gestores mal intencionados e incompetentes, seria um facilitador, no bom sentido, para os projetos básicos ou executivos dos processos licitatórios ou contratos de manutenção (corretiva e preventiva).

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