No Brasil, ou em qualquer lugar do mundo, não é possível fazer Segurança Pública sem Comunicações. "Comunicações salvam vidas"
domingo, 6 de fevereiro de 2011
TRUNKING KENWOOD - NEXEDGE
NEXEDGE - tecnologia que apresenta multiplas soluções trunking para redes convencionais e multi-sites interligados por IP da KENWOOD. A solução NEXEDGE, da Kenwood, para Missões Críticas, é uma tecnologia que fornece eficiência espectral, através da solução NXDX com canais em 12,5 ou 6,25 Khz de espaçamento (semelhante ao TETRA). O sistema pode ser aplicado em UHF (450-470 Mhz), que está migrando para banda larga, ou VHF (136-174 Mhz). É justamente a solução em VHF da tecnologia NEXEDGE da KENWOOD que eu quero destacar. Uma rede TRUNKING para Missões Críticas em VHF é a solução ideal para áreas como, por exemplo, o interior do Estado do Rio de janeiro - que faz parte do Bioma Mata Atlântica ou do que ainda resta desta importante reserva de biodiversidade. Grande parte das Regiões que formam o interior do do Estado do Rio de Janeiro tem uma geomorfologia complicada para a cobertura de rádio (um mar de morros). Sua ocupação demográfica é pequena e esparsa, onde a maior concentração de populacional está localizada nas pequenas cidades (vilas e lugarejos), principalmente, nas sedes dos municípios. O interior do Rio de janeiro tem o seu relevo formado por uma sucessão de pequenas elevações, de 200 a 500 metros de altura em sua maioria coberto por densa vegetação de topo de morro (potenciais áreas de sombra), os chamados maciços litorâneos fluminenses. Esta topografia característica e que deve ser permanentemente preservada, que compõem o interior do RJ, implica em investir uma consideravel soma do erário público para aquisição de ERBs TETRA ou TETRAPOL e é inadequada para utilização de frequências mais altas (800 Mhz). Portanto, a utilização do VHF será a solução ideal (ecológicamente e econõmicamente) em um relevo com características geográficas semelhantes ao das Regiões do do interior do Rio de janeiro por vários motivos, destacarei alguns mais importantes:
- O VHF, por sua excelente penetração, é a solução ideal para atender áreas com grandes extensões de matas e morros
- O VHF é econõmicamente viável para atender regiões com baixa densidade demográfica por Km²
- O VHF apresenta uma infraestrutura de baixo custo e de menor impacto ambiental, pelo fato de exigir uma menor quantidade de ERBs
- O VHF é ideal para ações de Segurança Pública e Emergências em Regiões Rurais (defesa do Meio Ambiente, Policiamento Urbano e Florestal, Defesa Civil em regiões isoladas, etc.).
Os fornecedores de tecnologia que não possuem solução VHF, criticam o VHF alegando que as soluções que utilizam esta faixa do espectro, não fornecem aos clientes alguns recursos do TETRA e do TETRAPOL. Eu tenho uma visão realista, como Profissional de Segurança Pública em radiocomunicações, atuando a 28 anos em atividade em Missões críticas, observei e constatei que algumas das funções TETRA, TETRAPOL, P25, etc. são meras perfumarias tecnológicas, é aquele 'plus" a mais que existe apenas para diferenciar um fornecedor do outro (por exemplo, os aparelhos celulares têm várias funções que poucos utilizam). No meu entendimento, e da maioria dos profissionais sérios de Comunicações para Missões Críticas, o rádio deve ser: SIMPLES, EFICIENTE, ROBUSTO e compor uma rede que seja totalmente amigável no quesito interoperacionalidade com as outras redes e seus terminais (móveis, fixos e portáteis). Foi justamente a falta desta ferramenta de sinergia (interoperacionalidade) que ergueu a grande barreira ao pronto atendimento as vítimas da recente tragédia climática da Região Serrana do Rio de janeiro, várias agências (defesa civil, bombeiros, policia,etc.) com tecnologias diferentes e sem nenhuma interatividade de rádiocomunicação, ou seja, "cada um no seu quadrado".
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É necessário ficar atento se o sistema possui tecnologia proprietária. O risco é o órgão de segurança pública ficar "refém" do fornecedor pois pode não haver competição na aquisição dos terminais de rádio.
ResponderExcluirUm sistema de Missão crítica de padrão aberto, seja Tetra ou P25, dimensionado de forma correta, oferece segurança e competitividade na aquisição dos terminais de rádio.
É necessário, como você muito apropriadamente comentou, tomar cuidado com as "perfumarias tecnológicas". É possível montar um sistema de missão critico com recursos básicos apenas, sem as perfumarias mas privilegiando o que realmente importa, que é a cobertura, desempenho e segurança nas comunicações. É posivel adicionar recursos de interoperabilidade se for uma necessidade do usuário, permitindo integração com sistemas legados.
Pesquisei este protocolo e ele não é proprietário pois há uma linha de equipamentos do Fabricante ICOM (IDAS)que possui o mesmo protocolo, o comentário acima está incorreto; entendo que P25 seria um protocolo "fechado" haja visto que somente a Motorola opera este tipo de protocolo
ResponderExcluirEsqueçam legado, vai ter que ser baixado, por ser analogico.
ResponderExcluirEsqueçam grandes coberturas, não é esse o modelo de atuação das polícias e também é coisa de pais sem controle. Hoje temos que reduzir emissões e interferencias...
Como faremos isso em uma banda que se tiver condições favoráveis pode irradiar por mais de 200 Km.
Com a chegada das redes 4G, podemos em definitivo "RETRANSMITIR" modulações em TDMA sem grandes gastos em INFRAESTRUTURA.
NexEdge não é e nunca será SIMILAR a TETRA, ele tem modulação FDMA (no domínio da frequencia), o TETRA é TDMA (no domínio do tempo).
Acredito nas redes "TETRA" para as gdes capitais e as operações "TETRA no modo DMO" para o interior, e tudo em 380 MHz.
Icom FDMA e Kenwood TMDA - hoje formam uma join venture, ou seja, NEXEDGE e IDAS são Prioritarios...o Orgão que comprar estará preso a marca... eles tem a mesma emissão e modulação mas tecnologias DMR diferentes.
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